Inquérito

Polícia Civil do DF conclui que deputada Joice Hasselmann caiu ''da própria altura'' e descarta agressão

De acordo com relato da deputada, na madrugada do dia 18 de julho, a deputada acordou com marcas de sangue no chão do apartamento onde mora, em Brasília, mas não lembrava do que aconteceu.

Imirante.com, com informações do G1

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
O apartamento da deputada foi periciado pela polícia.
O apartamento da deputada foi periciado pela polícia. (Foto: Reprodução / SBT)

BRASÍLIA – A Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) concluiu, nesta sexta-feira (13), que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) caiu, possivelmente em decorrência de efeitos para remédios para dormir, que causou ferimentos no rosto e corpo da parlamentar.

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De acordo com relato de Joice Hasselmann, na madrugada do dia 18 de julho, a deputada acordou com marcas de sangue no chão do apartamento onde mora, em Brasília, mas não lembrava do que aconteceu.

"A Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), concluiu as investigações do caso da Deputada Joice Hasselman no sentido de 'queda da própria altura', possivelmente decorrente dos efeitos de remédio para dormir", diz nota da corporação.

Ainda segundo a polícia, durante as investigações, não ficou evidenciado nenhum elemento que apontasse para a prática de violência doméstica ou atentado/agressão por parte de terceiros.

A Polícia Civil do Distrito Federal também informou que o inquérito foi encaminhado ao Judiciário e ao Ministério Público.

O apartamento da deputada foi periciado pela polícia. Os investigadores disseram que o inquérito foi baseado na apuração da própria corporação. A Polícia Legislativa já havia constatado que não houve invasão no imóvel de Joice.

Relembre o caso

Ao acordar, no dia 18 de julho, a deputada percebeu que estava com dois dentes quebrados e um corte no queixo. Um hospital de Brasília constatou que Joice também teve cinco fraturas no rosto e na costela.

A parlamentar conta que ligou para o marido, o médico Daniel França, que estava no apartamento e dormia em outro quarto, e ele a socorreu.

Sete dias após o episódio, em 25 de julho, o casal afirmou que, nos primeiros dias, acreditava se tratar de uma queda. Joice disse que só solicitou que a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (Depol) investigasse o caso cinco dias depois, por recomendação de um médico.

Perícia

Peritos do Departamento de Polícia Legislativa (Depol), da Câmara dos Deputados, já haviam concluído que nenhuma pessoa estranha entrou no apartamento funcional onde a parlamentar mora, entre os dias 15 e 20 de julho. Os profissionais analisaram câmeras de segurança do imóvel.

Em 27 de julho, a corporação concluiu o inquérito que apura um incidente ocorrido no imóvel. A Polícia Legislativa realizou perícia em 16 câmeras do prédio e ouviu funcionários que trabalham no local.

À época, o inquérito foi encaminhado para o Ministério Público Federal. Porém, o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira decidiu devolver os autos à corporação. Ele afirmou que só vai se manifestar após o término de todos os laudos periciais, mas não detalhou quais faltam.

Marido negou agressões

O marido da deputada chegou a ser apontado como o responsável pelas lesões, segundo o casal. Entretanto, ao lado da esposa, em uma coletiva à imprensa dias após o ocorrido, França negou ter atacado Joice.

"Eu nunca agredi ninguém, nunca dei um tapa em ninguém, nem um murro em ninguém. Não tenho nenhum motivo para fazer isso, eu jamais faria isso", afirmou o médico.

À época, Joice afirmou que, quem acusar o marido de ser o responsável pelas agressões, será processado. "Não vou admitir mancharem a honra do meu marido e a minha honra também, porque isso é colocar o meu caráter e minha história em suspeita", disse Joice.

Na ocasião, a deputada afirmou que apresentou o nome de dois suspeitos à investigação. De acordo com a deputada, um deles seria parlamentar. Joice comentou ainda que desconfiava que sua casa já havia sido invadida cerca de três meses antes das lesões.

Na ocasião em que ficou ausente por 10 dias do imóvel, foi encontra uma carteira de cigarro dentro da casa, que não tem fumantes, segundo a parlamentar.

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