BRASIL - As instituições de ensino da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica terão mais incentivo para proporcionar, a seus estudantes e professores, ambientes ligados ao empreendedorismo e à inovação, como incubadoras de empresas, espaços maker ou coworking, a partir da parceria que foi firmada entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC) e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendedorismo e Inovação (Anprotec), por intermédio do Instituto Federal do Espírito Santo, para o desenvolvimento desses espaços.
O acordo vai beneficiar todas as autarquias da Rede e será executado em três fases. Na primeira, será avaliada a maturidade de cada instituição de ensino para o fomento ao empreendedorismo inovador. Depois, na segunda fase, haverá cursos para qualificar líderes na gestão de ambientes de inovação. Na terceira e última fase, serão elaborados planos de implementação, desenvolvimento e operação desses ambientes dentro das instituições.
“A Rede Federal tem reconhecida capacidade para atuar no desenvolvimento local, e queremos dar condições para que os ambientes de empreendedorismo se desenvolvam nela, gerando mais aproximação da formação dos estudantes com o setor produtivo”, afirmou o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Ariosto Culau, durante o evento de lançamento, que ocorreu nessa quinta-feira (30), e reuniu representantes das instituições da Rede por webconferência. Ele destacou o programa Novos Caminhos: lançado no ano passado, tem gerado diversas entregas com o mesmo foco, como os editais de inovação e empreendedorismo e a implementação de novos Polos de Inovação.
O presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal (Conif), Jadir José Pela, participou do evento de lançamento da parceria e ressaltou que a novidade vai contribuir para o desenvolvimento de redes de incubadoras de empresas. Ele disse que o assunto está pautado nos institutos, que têm iniciativas em diferentes graus de maturidade para a promoção do empreendedorismo.
O presidente da Anprotec, Francisco Saboya, explicou que, embora o Brasil esteja entre as maiores economias do mundo, ocupa posições como 64º no ranking de inovação e 66º em competitividade, de acordo com o Fórum Econômico Mundial. A seu ver, essa assimetria aponta para a necessidade de aumentar as conexões entre a comunidade acadêmica e o mercado. “Os institutos federais são peças fundamentais, porque carregam capital humano e potencial empreendedor”, avaliou. Para ele, reproduzir ambientes de empreendedorismo pode proporcionar um salto de competitividade ao país.
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