SÃO PAULO - Aplicativos populares de conferências com vídeo e plataformas que permitem aos professores dar aulas via Internet em tempo real para uma sala de aula virtual são recursos que a especialista da Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEE), Tereza Cristina Carvalho, têm utilizado nos cursos de Ciência da Computador da Universidade de São Paulo (USP).

Pela plataforma digital da PNP, do Ministério de Ciência e Tecnologia, ela faz apresentações usando slides e vídeos, divide a classe em grupos e faz enquetes entre os alunos. “A evolução da tecnologia tem intensificado a interatividade do ensino a distância, o que tem-se mostrado muito útil durante o isolamento social”, afirma a professora. Hoje, 90% das disciplinas dos cursos de graduação da USP são ministradas online.

Na visão da professora, a tecnologia tem o potencial de ampliar o acesso à educação. Durante o confinamento, adolescentes de baixa renda continuam a receber o treinamento em cidadania, microinformática e computação dado pelo Projeto Paideia da USP. Os professores adaptaram as ferramentas usadas nos cursos online de graduação para que os alunos sem acesso ao computador pudessem assistir às aulas de seus celulares. “Isso mostra que com essa tecnologia é possível levar o estudo aos lugares mais remotos”, pondera.

Tereza Cristina Carvalho explica que o ensino a distância pode ser dividido entre os modelos assíncrono e síncrono. No primeiro, o professor grava videoaulas, que podem ser assistidas quando, onde e quantas vezes o aluno desejar. As dúvidas podem ser tiradas via e-mail ou chat. Já a ensino no modelo síncrono ocorre em tempo real. Os professores utilizam a internet para dar suas aulas. O uso de plataformas com recursos multimidia e interativos e os aplicativos de conferências em vídeo torna o ensino dinâmico e atraente. “Mas é preciso ter uma boa infraestrutuara da rede de computadores para dar suporte a essas aplicações via internet”, avisa a professora.

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