Perigo

Barragem tem risco "iminente" de rompimento e pode inundar cidade do Piauí

Após relatórios técnicos, a situação do município de Piripiri é de alerta.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
Barragem de um açude com 54,6 milhões de m³ de água corre “risco iminente” de romper.
Barragem de um açude com 54,6 milhões de m³ de água corre “risco iminente” de romper. (Foto: divulgação)

PIRIPIRI – A situação é de alerta no município piauiense de Piripiri, distante 160 km de Teresina, pois a barragem de um açude com 54,6 milhões de m³ de água corre “risco iminente” de romper, colocando em perigo a vida dos 62 mil habitantes da cidade.

Um relatório técnico resultou em uma Ação Civil Pública, entretanto, Wellington Dias (PT), governador do estado do Piauí, classificou o perigo como boato ou “fake news”, segundo noticiou a imprensa local.

O que baseou a ação da Promotoria de Justiça de Piripiri foi um relatório de inspeção do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), que em 10 de dezembro do ano passado foi notificado sobre a existência de “uma grande cavidade” no açude, que foi construído de 1936 até 1945 para realizar a irrigação da região em períodos de seca.

Quando os engenheiros chegaram ao local, encontraram outras crateras. “Importante registrar e informar a existência de outras erosões existentes ao longo do talude de jusante [parte da frente de uma barragem]”, diz o relatório, que conclui: “Pela gravidade da situação, com risco iminente de rompimento da barragem, imediatamente recuperamos emergencialmente a cavidade”. De acordo com o engenheiro Francisco Ribeiro Soares, que assina o documento, a erosão começou depois do asfaltamento da rodovia estadual PI 327, que cruza todo o açude. Construída sem espaço para drenar a água da chuva, a obra provocou a “anomalia” na barragem, “ocasionada pela pressão da água nos momentos de temporais”.

O relatório do Dnocs foi concluindo pedindo ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) que corrigisse a obra “antes que algo de mais grave aconteça, qual seja até o rompimento da barragem, evitando, dessa forma, tragédias com ceifamentos de vidas humanas”.

A DER não respondeu aos pedidos de explicação feitos pela Promotoria. O Departamento só se manifestou depois que a Justiça do Piauí acatou o pedido do promotor no dia seis de fevereiro em decisão liminar. “Conseguimos essa liminar favorável à ação. O caso é sério”, disse Ribeiro a reportagem do UOL. Com a decisão, o governo do estado tem 15 dias para iniciar as obras, que precisam ser concluídas em até 60 dias.

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