Brumadinho

Em nota, Vale detalha ações para garantir segurança na barragem

"Ainda estamos buscando respostas para o ocorrido", diz o texto

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
Barragem se rompeu no início da tarde de ontem (25), na região de Brumadinho.
Barragem se rompeu no início da tarde de ontem (25), na região de Brumadinho. (Foto: Reprodução)

BELO HORIZONTE - Em nota, a empresa Vale divulgou informações sobre a Barragem I da Mina Córrego do Feijão, que se rompeu no início da tarde de ontem (25), na região de Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte (MG), provocando soterramento, mortes e desaparecimentos de pessoas. O documento informa que a barragem tinha autorização para funcionamento e passou por processos de fiscalização e revisão, considerando assim que havia segurança no local.

De acordo com a nota, a barragem possuía Declarações de Condição de Estabilidade emitidas pela empresa TUV SUD do Brasil, empresa internacional especializada em Geotecnia, emitidas em 13/06/18 e 26/09/18, referentes aos processos de Revisão Periódica de Segurança de Barragens e Inspeção Regular de Segurança de Barragens.

“A barragem possuía Fator de Segurança de acordo com as boas práticas mundiais e acima da referência da Norma Brasileira. Ambas as declarações de estabilidade mencionadas atestam a segurança física e hidráulica da barragem”.

De acordo com o documento, a barragem passou por inspeções de campo quinzenais, todas reportadas à ANM (Agência Nacional de Mineração) por meio do SIGBM (Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração). Sendo que a última inspeção cadastrada no sistema da ANM foi executada em 21/12/18.

Inativa

Segundo a Vale, a barragem foi preparada para a disposição de rejeitos provenientes da produção e reiterou que estava inativa e, portanto, não recebia rejeitos. De acordo com o comunicado, no local não havia lago nem outro tipo de atividade operacional em andamento. A barragem foi construída em 1976, pela Ferteco Mineração (adquirida pela Vale em 27 de Abril de 2001), pelo método de alteamento a montante.

O texto detalha também a extensão da barragem, que tinha 86 metros, e comprimento da crista de 720 metros. Os rejeitos dispostos ocupavam uma área de 249,5 mil metros quadrados (m²) e o volume disposto era de 11,7 milhões de metros cúbicos (m³). As informações dos instrumentos, segundo a empresa, eram coletadas periodicamente e todos os seus dados analisados pelos geotécnicos responsáveis pela barragem.

De acordo com a nota, a barragem mantinha sistema de vídeo monitoramento, de alerta através de sirenes (todas testadas) e cadastramento da população. Segundo a Vale, houve uma simulação em 16 de junho de 2018, sob coordenação das Defesas Civis, com total apoio da Vale, e treinamento interno com os funcionários em 23 de outubro do ano passado.

“Diante de todos os pontos descritos acima, estamos ainda buscando respostas para o ocorrido”, encerra o texto.

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