Decisão

Battisti fará escala no Brasil antes de ser extraditado para Itália

Decisão foi anunciada por general Heleno após reunião.

Mariana Tokarnia / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
Battisti foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por volta das 17h desse sábado (12).
Battisti foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por volta das 17h desse sábado (12). (Foto: reprodução)

BRASIL - O italiano Cesare Battisti fará escala no Brasil antes de ser extraditado para a Itália. A decisão foi anunciada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, após reunião no Palácio da Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, e o chanceler Ernesto Araújo. Foragido desde dezembro, Battisti foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por volta das 17h desse sábado (12).

Mais cedo, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, chegou a informar que um avião do governo italiano está a caminho da Bolívia para buscar Cesare Battisti. Segundo o premiê, o avião pousará por volta das 14h, no horário de Brasília.

Heleno, no entanto, disse que Battisti será trazido para o Brasil num avião da Polícia Federal e trocará de avião antes de seguir para a Itália. Segundo ele, o avião que buscará o italiano na Bolívia não tem capacidade para voar direto até a Europa, tornando necessária a escala.

Prisão perpétua

Conforme o governo brasileiro, a decisão de trazer Battisti para o Brasil foi tomada conjuntamente com o governo italiano, levando em consideração questões de segurança. Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

Nos últimos dias do governo Michel Temer, o STF decidiu pela extradição. A medida era defendida ainda em campanha pelo presidente Jair Bolsonaro.

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