Após denúncias

Polícia Civil indicia João de Deus por violação sexual mediante fraude

O inquérito se refere à denúncia específica de uma mulher de 39 anos.

Luciano Nascimento / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h15
defesa do médium João de Deus entrou hoje (20) com um pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF).
defesa do médium João de Deus entrou hoje (20) com um pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

BRASÍLIA - A Polícia Civil indiciou hoje (20) o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, pelo crime de violação sexual mediante fraude. O inquérito se refere à denúncia específica de uma mulher de 39 anos. O médium está preso preventivamente há seis dias no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, nos arredores da capital goiana.

De acordo com a vítima, o crime ocorreu em outubro deste ano, durante atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), a 118 quilômetros de Brasília.

A Agência Brasil apurou que, apesar de o inquérito concluir pelo indiciamento, o documento ainda não havia sido protocolado no Ministério Público de Goiás até o final da tarde de hoje.

A polícia ouviu até o momento 16 vítimas do médium. O Ministério Público de Goiás recebeu mais de 500 relatos sobre diversos crimes sexuais. Para promotores que atuam na força-tarefa das investigações, João de Deus pode ser indiciado por três crimes distintos – violação sexual mediante fraude, estupro e estupro de vulnerável.

Os três crimes preveem pena de prisão. Caso o médium seja condenado por violação sexual mediante fraude, a pena varia de dois a seis anos de prisão.

A expectativa é de haver amanhã (21), em Goiânia, entrevista coletiva de integrantes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Supremo

A defesa do médium João de Deus entrou hoje com um pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). O habeas corpus foi sorteado para relatoria do ministro Gilmar Mendes, mas, devido ao recesso do Judiciário, iniciado às 15h de quarta-feira (19), o processo foi encaminhado para o gabinete do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável pelo plantão.

Toffoli solicitou informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) antes de decidir sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do médium.

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