Após incêndio

União vai ceder terreno para Museu Nacional retomar atividades

O objetivo é retomar parte das atividades de pesquisa do museu após o incêndio que aconteceu no dia 2 de setembro.

Débora Brito / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h16
Museu Nacional, um mês após o incêndio.
Museu Nacional, um mês após o incêndio. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil )

RIO DE JANEIRO - O Ministério do Planejamento informou nesta quarta-feira (17) que a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) vai ceder um terreno para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. O objetivo é retomar parte das atividades de pesquisa do museu que foi completamente destruído por um incêndio ocorrido em 2 de setembro.

A doação do terreno foi reivindicada pela direção do museu e integra a primeira etapa de reconstrução da instituição. O ministério formalizou hoje a liberação da área da União e disse que será iniciado o processo para a cessão de uso do imóvel.

Segundo o diretor do Museu, Alexander Kellner, o terreno deve abrigar os departamentos administrativos e laboratórios de paleontologia, geologia, entomologia, ciências biológicas e sociais. Também está prevista a construção de um centro de visitação para estudantes. Por ano, cerca de 20 mil alunos visitam o museu.

Segundo o ministério, o terreno tem 49,3 mil metros quadrados (m²) e fica localizado próximo ao museu, na rua Bartolomeu Gusmão, no bairro de São Cristóvão. Uma parte da área (10 mil m²) será ocupada pela área de transporte do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que também havia feito uma solicitação à Secretaria do Patrimônio da União.

O Museu e o Tribunal firmarão um convênio de cooperação técnica para viabilizar a construção dos contêineres dos laboratórios e do centro de visitação. Para a instalação das áreas, serão utilizados R$ 2,2 milhões de recursos do Fundo de Penas Pecuniárias do TJRJ.

Mais recursos

Depois de participar de evento de entrega da Ordem Nacional do Mérito Científico no Palácio do Planalto, Alexander Kellner disse que já foram liberados R$ 8,9 milhões para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pela gestão do museu, para que os pesquisadores possam entrar no prédio e resgatar o acervo que ainda está sob os escombros do incêndio.

Kellner também informou que ontem houve uma reunião de integrantes da UFRJ e parlamentares da bancada do Rio de Janeiro para pedir apoio para a aprovação de mais recursos para a recuperação do museu.

“Eles foram extremamente sensíveis. Estamos falando da ordem de R$ 50 milhões que seriam destinados à recuperação daquela primeira parte do Palácio, a mais histórica, onde tinha a sala do trono, a sala do imperador, os aposentos dos imperadores. Se recebermos esse dinheiro, vamos ter boas notícias para o ano que vem”, disse Kellner.

O diretor disse ainda que está aguardando a criação do fundo patrimonial que deve viabilizar a liberação de recursos emergenciais para a recuperação do museu e pediu apoio aos presidenciáveis, por meio de carta.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.