Eleições 2018

“A educação do Maranhão é a pior do Brasil”, diz Ramon Zapata

Entrevista do representante do PSTU fechou série que ouviu os principais candidatos ao governo do Maranhão nas eleições de 2018.

Linhares Jr. / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h16
De acordo com Zapata, sua eleição é uma necessidade para o Maranhão.
De acordo com Zapata, sua eleição é uma necessidade para o Maranhão. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

SÃO LUÍS - O candidato do PSTU, Ramon Zapata, acusou o governo Flávio Dino de servir ao grande capital na última entrevista da série no JMTV1. “Temos um governo atual dizendo que mudou a realidade do Maranhão. Ou não entende do Maranhão, ou não anda ou não conhece dizer a verdade para os maranhenses”, disse durante o quadro que entrevistou os principais candidatos ao governo no decorrer desta semana.

Revolução

De acordo com Zapata, sua eleição é uma necessidade para o Maranhão. Principalmente para a classe trabalhadora, mulheres negras, homens negros, indígenas, quilombolas e LGBT’s se rebelem. “Estamos no caos, nós temos que nos rebelar contra o caos”, disse.

O candidato convocou a população para uma “revolução socialista nesse estado, nesse país e no mundo”.

Apesar de participar das eleições, Ramon Zapata afirma que elas são ilusões. “Se elas tivessem que mudar nossas vidas, nós já viveríamos no paraíso. Porque de dois em dois anos nós temos eleições e as condições da classe trabalhadora continuam cada vez piores”, afirmou.

Reformas e sindicalismo

O candidato do PSTU apresentou como principal proposta um plano de governo baseado na democracia direta por meio de comitês populares. “O povo organizado definindo a sua vida”. Ramon Zapata afirmou que a classe trabalhadora ainda é forte no Brasil. “No dia 28 de abril de 2017 do Brasil teve sua maior greve geral de todos os tempos”, disse. Apesar disso, o candidato afirmou que existem muitos traidores dentro do movimento sindicalista brasileiro.

Segundo Zapata, a ação das centrais sindicais foi fundamental para a aprovação das reformas trabalhista e política que, segundo ele, não são de interesse do trabalhador. “essas reformas só favoreceram os mais ricos”, frisou.

Economia e educação

O candidato fez severas críticas ao modelo capitalista. Para Ramon Zapata, o lucro deveria ser combatido. “Não estamos preocupados com balança comercial”, disse.

Ramon Zapata prometeu uma mudança radical no sistema de educação. “Nós temos que mudar toda a estrutura educacional no Maranhão”. Para Zapata a dicotomia prática e teoria prejudica o aprendizado. O atual cenário da educação maranhense, para Zapata, é péssimo. “A educação do Maranhão é a pior do Brasil”. O candidato lembrou o péssimo desempenho do estado no IDEP.

“Somos a 18ª economia do Brasil e o 15º orçamento também. Mas, nós somos o 26º em Índice de Desenvolvimento Humano”, disse. Para Zapata a riqueza produzida no estado não chega ao trabalhador.

Para alterar esse quadro, foi proposta pelo candidato do PSRU uma grande revolução no campo. Segundo Zapata, demarcando terras quilombolas e indígenas a produção de alimentos iria aumentar e começar a mudar essa realidade.

Dívida pública e juros

Ramon Zapata garantiu que a dívida pública do estado irá sofrer uma auditoria. “Até julho desse ano o governo pagou R$ 1.5 bilhão de juros e amortização da dívida. O que ele investiu na educação foi R$ 1,2 bilhão e na saúde R$ 1 bi”. Para Zapata essa dívida não foi empregada em benefícios para os trabalhadores do estado.

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