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Brasileiros vencem competição na China de luta de robôs

As lutas acontecem em uma arena cercada por vidro blindado em rounds de no máximo 3 minutos.

Daniel Mello / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h18
O Dark Wolf, robô brasileiro, participou de 14 lutas no total.
O Dark Wolf, robô brasileiro, participou de 14 lutas no total. (Foto: Murilo Marin)

BRASIL - Uma equipe de engenheiros brasileiros venceu o Clash Bots, um campeonato internacional de lutas de robôs, realizado na China. O torneio é um reality show transmitido pela plataforma de vídeos online "iQiyi", que tem uma base de 500 milhões de assinantes. Para ganhar o prêmio de R$ 400 mil, o grupo disputou com outros 34 robôs, sendo 21 chineses, além de competidores da Inglaterra, Estados Unidos, Índia e Rússia.

O Dark Wolf, robô brasileiro, participou de 14 lutas no total. Um dos membros da equipe, o engenheiro mecânico Murilo Marin, conta que o grupo tinha que se desdobrar para conseguir recuperar a máquina dos danos sofridos após cada duelo em tempo para a etapa seguinte. “Fizemos cinco lutas em dois dias seguidos. Lutas muito difíceis, onde o robô saiu avariado muitas vezes. Então tivemos cinco manutenções cansativas de 5 horas de duração cada. Muita tensão, gravando até de madrugada. Chegávamos às 8h da manhã e saíamos às 3h da madrugada do dia seguinte, exaustos”, relembra.

Os combates

As lutas acontecem em uma arena cercada por vidro blindado em rounds de no máximo 3 minutos. As vitórias são por nocaute, quando um dos robôs perde a capacidade de se movimentar, ou por decisão dos juízes.

Durante o embate, a máquina é operada por dois controladores, sendo que um cuida da locomoção e outro da arma. No caso do Dark Wolf, trata-se uma peça de 30 quilos (kg) de aço temperado com formato semelhante à de uma picareta, com a capacidade de girar a uma velocidade de 3.200 rotações por minuto. Foi com esse instrumento que os brasileiros derrotaram o robô chinês Toxic Fangs. O golpe certeiro lançou o adversário para o outro lado do ringue, levando-o a nocaute.

“Era um robô chinês de um renomado professor de universidade, e era o robô mais caro da competição”, disse Marin. A máquina brasileira custou R$ 75 mil financiados pela organização do próprio reality show. Nas outras competições não há qualquer tipo de ajuda financeira aos participantes.

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