Política

Temer lança pedra fundamental de reator que produzirá radioisótopos

O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, que também participou do evento.

Fernanda Cruz / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h18
A tecnologia tornará o Brasil referência em medicina nuclear.
A tecnologia tornará o Brasil referência em medicina nuclear. (Cesar Itiberê / PR)

BRASIL - O presidente Michel Temer participou hoje (8) do lançamento da pedra fundamental do Reator Multipropósito Brasileiro e do início dos testes de integração dos turbogeradores do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica, no Centro Industrial Nuclear de Aramar, em Iperó (SP), interior de São Paulo.

O reator vai produzir radioisótopos para a fabricação de medicamentos usados no tratamento de doenças nas áreas de cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia. “Hoje, somos obrigados a importar fármacos para combater várias doenças, principalmente o câncer. O tratamento fica mais complicado e, naturalmente, mais caro, porque o país depende de fornecedores estrangeiros”, disse o presidente.

Com o reator, segundo o presidente, o Sistema Único de Saúde (SUS) aumentará os atendimentos de câncer, além de reduzir custos no tratamento. Os medicamentos terão preço de custo. A tecnologia permitirá ainda a produção de fontes radioativas para a indústria, agricultura e meio ambiente. A previsão é que o reator comece a funcionar em 2024.

O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, que também participou do evento, informou que o reator faz parte do programa nuclear da Marinha, voltado apenas para fins pacíficos. “Vale lembrar que o Brasil é um dos países mais atuantes na causa da não proliferação de armas nucleares”, disse. “O reator terá, além do reator nuclear de pesquisa, toda uma infraestrutura de laboratórios, capazes de realizar testes de verificação dos efeitos da radiação”, completou o ministro.

A tecnologia tornará o Brasil referência em medicina nuclear, pois será autossuficiente na produção de radioisótopos. Como o número de reatores desse porte é pequeno em todo o mundo, o Brasil poderá, inclusive, tornar-se exportador do radioativo.

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