Redução

Hábito de fumar cai em 36% entre os brasileiros

Desde 2006, o número de fumantes diminuiu de 15,7% para 10,1% em 2017.

Agência Saúde

Atualizada em 27/03/2022 às 11h18
( Foto: Divulgação)

BRASÍLIA - Dados inéditos do Ministério da Saúde apontam que a frequência do consumo do tabaco entre os fumantes nas capitais brasileiras reduziu em 36%, no período de 2006 a 2017. Nos últimos anos, a prevalência de fumantes caiu de 15,7%, em 2006, para 10,1% em 2017. Os novos números foram divulgados na quarta-feira (30) após a cerimônia em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco, na sede do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.

Em 2016, o número total de adultos que fumam era de 10,2%. Quando separado por gênero, a frequência de fumantes, em 2017, é maior no sexo masculino (13,2%) do que no feminino (7,5%). Se analisado por faixa etária, a frequência de fumantes é menor entre os adultos com 65 anos e mais (7,3%). Já as faixas etárias de 18 a 24 anos (8,5%) e 35 a 44 anos (11,7%) apresentaram um pequeno aumento em relação ao ano anterior, quando foram registrados 7,4% e 10%, respectivamente.

A frequência do hábito de fumar foi maior entre os adultos com menor escolaridade (13,2%), e cai para 7,4% entre aqueles com 12 anos e mais de estudo. O inquérito também mostrou que entre as capitais do país com maior prevalência de fumantes estão Curitiba (15,6%), São Paulo (14,2%) e Porto Alegre (12,5%). Salvador foi a capital com menor prevalência de fumantes (4,1%).

As informações são da pesquisa Vigitel 2017 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). A pesquisa foi feita por telefone nas 26 capitais e Distrito Federal e contou com 53.034 entrevistas.

Adolescentes que fumam apresentam maior obesidade abdominal

Durante a cerimônia do Dia Mundial sem Tabaco, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) divulgou o estudo Avaliando a relação entre tabagismo e obesidade abdominal em uma pesquisa nacional entre adolescentes no Brasil. O resultado revela que a proporção de circunferência de cintura elevada entre os meninos fumantes diários foi 130% maior do que entre os não fumantes. Entre as meninas fumantes, esse percentual foi cerca de 60% maior quando comparadas às não fumantes.

O estudo não visou estabelecer uma relação causal entre o tabagismo e aumento da circunferência abdominal, porque os adolescentes não foram acompanhados durante anos. Não é possível dizer que os adolescentes já estavam com a circunferência da cintura acima dos padrões antes de começar a fumar ou vice-versa. O fato é que a coexistência desses dois fatores de risco, já nessa fase da vida, é algo preocupante, uma vez que esse cenário pode se perpetuar na fase adulta e representa um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, câncer e diabetes.

Publicado na revista científica Preventive Medicine, o estudo foi realizado por pesquisadores do INCA, da Universidade Johns Hopkins e Fiocruz, com dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), pesquisa nacional feita em 2013 e 2014 entre estudantes de escolas públicas e privadas.

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