Reajuste

Medicamentos terão aumentos médios de 2,43%

Segundo a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o reajuste começa a valer no dia 31 deste mês.

Imirante Esporte, com informações de assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h19
É importante entender que o aumento não se dá por um índice fixo, mas variando por produto.
É importante entender que o aumento não se dá por um índice fixo, mas variando por produto. (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO - A alta dos medicamentos devem ficar realmente em 2,43% em média, ao fim deste mês. Conforme informação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o reajuste a ser aplicado deverá ficar entre 2,09% a 2,84%, começando a valer no dia 31 deste mês.

O aumento neste ano deve, com isso ficar abaixo da inflação oficial de 2017, que teve o índice de 2,95%, contudo a informação oficial sobre o aumento ainda não foi publicado no Diário Oficial da União.

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É importante entender que o aumento não se dá por um índice fixo, mas variando por produto. Sendo que a taxa dos produtos com maior concorrência tem um índice menor de reajuste, e, para os mais inovadores o aumento é maior.

Mas qual o impacto dos preços para os consumidores na hora de comprar esses produtos? Muito grande, como comprova pesquisa do IFEPEC.

Importância do preço para o consumidor

O fato do consumidor priorizar o preço na hora de adquirir medicamentos foi comprovado por meio da pesquisa Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC). Segundo os resultados, 45% dos consumidores trocam os produtos que procuravam por genéricos ou similares de menor preço; a quase totalidade desses clientes buscava economia.

A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamentos dos brasileiros, o tipo de medicamento adquirido, o percentual de consumidores que portavam receituário e o índice de troca de medicamento, bem como os motivos que levaram a essa troca.

Segundo a pesquisa, dos entrevistados que foram às farmácias, 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificaram parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos.

“Esse fato demonstra a existência de uma característica muito comum dos brasileiros, que é não ser fiel à marca que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de troca é o preço, demonstrando que as pessoas estão mais preocupadas com o bolso”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.

Tal afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço.

Força dos genéricos

A pesquisa também demonstrou a força que os medicamentos genéricos estão obtendo no mercado, sendo que 37% dos consumidores adquiriram medicamentos dessa modalidade, 32% compraram os de marcas e 31% compraram dos ambos os tipos.

“Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e, hoje, já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores. Eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que proporcionam e, como visto, os preços são fundamentais na escolha”, analisa Tamascia.

A pesquisa foi realizada com 4 mil consumidores de todo o Brasil, no momento em que saíam das farmácias nas quais efetuaram a compra.

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