BRASÍLIA - A demanda por transporte aéreo no Brasil poderá triplicar nos próximo 20 anos caso haja políticas eficientes de infraestrutura, diz estudo divulgado hoje (20) pela Secretaria Nacional de Aviação Civil. De acordo com o relatório, a quantidade de passageiros nos aeroportos brasileiros, em voos domésticos e internacionais, poderá chegar a 700 milhões em 2037.
Segundo o estudo “ relatório de Projeções de Demanda para os Aeroportos Brasileiros 2017-2037”, feito em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), esse cenário otimista só ocorrerá se houver redução no preço médio das passagens, por exemplo. Caso contrário, diz o relatório, a estimativa é que a demanda deve dobrar em 20 anos, com um crescimento acumulado de 99%.
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Segundo o estudo, para atingir a estimativa mais otimista é necessário planejamento de ações governamentais, com foco em políticas e regulação para atendimento às demandas do setor. Também há a necessidade de buscar maior “integração modal e a eficiência da rede de deslocamentos interurbanos; bem como desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária, do controle de tráfego aéreo, da instalação de terminais, da implantação de estradas de acesso, do dimensionamento de pistas e dos demais elementos de um aeroporto”, diz o relatório.
De acordo com o secretário nacional de Aviação Civil, Dario Lopes, as estimativas mais modestas indicam um crescimento menos acelerado para a aviação civil. “Para atingirmos patamares como Estados Unidos e Austrália precisamos de políticas de Estado eficientes voltadas para o setor aéreo, o que envolve avanços regulatórios, investimento em infraestrutura e medidas que precisam de aprovação do Congresso Nacional”, disse.
Em 2017, a expectativa é que os aeroportos brasileiros movimentem 201,3 milhões de passageiros, aumento de mais de 2% em relação ao ano anterior, diz o relatório.
Cargas
O estudo mostra ainda que a expectativa é que o transporte de carga cresça 65% em 20 anos. A carga doméstica deve ter crescimento de 88% no período, enquanto as exportações e importações devem aumentar 52%. Nos últimos dez anos, esse crescimento foi de cerca de 24%. De acordo com o relatório, a perspectiva é que o crescimento para os próximos 10 anos seja maior, de 33%, acumulando 65% em 20 anos.
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