Denúncia contra Temer

É importante que a Câmara delibere hoje, diz Maia sobre denúncia contra Temer

Parlamentares decidem sobre o futuro da segunda denúncia contra o presidente.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h21
Rodrigo Maia
Rodrigo Maia (Foto: Reprodução)

BRASÍLIA - Ao chegar à Câmara hoje (25), no dia em que os parlamentares decidem sobre o futuro da segunda denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, voltou a defender a votação da denúncia ainda nesta quarta-feira. "É importante que a Câmara possa deliberar hoje, contra ou a favor, independentemente do mérito da matéria. Quanto mais cedo votar, mais rápida será a recuperação da economia brasileira. É claro que nós não podemos deixar de avaliar a gravidade e a importância de uma denúncia como essa", afirmou, garantindo que respeitará a Constituição, as leis e o regimento da Casa.

No Salão Verde, deputados de oposição começaram o dia com um protesto. Aos gritos de "Fora Temer" e "Investiga Já" um grupo deu uma volta com cartazes pelo Salão Verde. Mantendo a estratégia de não registrar presença para dificultar o quórum na sessão, eles montaram um púlpito no local de onde se revezam em discursos contra o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) que pede o arquivamento da denúncia.

“O plenário da oposição será o Salão Verde. A oposição só vai ao plenário quando o governo conseguir registrar presença de 342 deputados para iniciar a votação”, disse o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE).

Histórico

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Temer por obstrução de justiça e organização criminosa. Também foram denunciados os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), por organização criminosa. A acusação sustenta que os integrantes do PMDB montaram um esquema de propina em órgãos públicos, como Petrobras, Furnas e Caixa Econômica. Temer é apontado na denúncia como líder da organização desde maio de 2016.

Temer, Moreira e Padilha negam a prática de qualquer irregularidade. Para a Procuradoria, o presidente também cometeu o crime de obstrução de Justiça ao dar aval para que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, comprasse o silêncio do corretor de valores Lucio Funaro, apontado como operador do PMDB.

A primeira denúncia contra Temer foi rejeitada pela Câmara em agosto, por 263 votos a 227.

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