BRASÍLIA - Começa hoje (23) a Semana Nacional de Mobilização dos setores da Educação, Assistência Social e Saúde para o combate ao Aedes aegypti em mais de 210 mil unidades públicas e privadas do país. A ação, promovida pelo governo federal, visa a alertar a população sobre a importância de combater, ainda antes do verão, o mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O maior volume de chuvas do período facilita a reprodução do Aedes aegypti.
No total, serão mobilizadas 146.065 escolas da rede básica, 11.103 centros de assistência social e 53.356 unidades de saúde. A articulação é feita pela Sala Nacional de Coordenação e Controle, que reúne os ministérios da Saúde, da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social e da Educação, a Casa Civil e a Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados.
Segundo o Ministério da Saúde, estados e municípios têm autonomia para definir quais ações serão realizadas para mobilizar as áreas. Mas a orientação é que sejam promovidas atividades que envolvam a prevenção e o combate ao Aedes, como mutirões de limpeza, distribuição de materiais informativos, realização de rodas de conversa educativas, oficinas, teatros e gincanas.
“Não podemos baixar a vigilância. É melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências de não ter feito essa iniciativa. Vamos reforçar, ainda mais, a necessidade de eliminar os criadouros, convocando toda a sociedade para esse trabalho já antes do verão, quando começam as chuvas”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros, em nota.
Instalada para o enfrentamento à microcefalia, desde o final de 2015, a Sala Nacional de Coordenação e Controle é articulada pelo Ministério da Saúde e tem como objetivos gerenciar e monitorar as ações de mobilização e combate ao Aedes aegypti. Como parte das atividades, no primeiro semestre deste ano foram vistoriados mais de 151,8 milhões de domicílios, estabelecimentos de ensino, saúde e de outras finalidades, além de edifícios em construção, para eliminar possíveis focos do mosquito.
De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti têm tido queda expressiva em todo Brasil. Até 2 de setembro deste ano, foram notificados 219.040 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 85,2% em relação ao mesmo período do ano passado (1.483.623 casos).
Também foram registradas 171.930 notificações de casos prováveis de febre chikungunya. A redução é de 34,2% comparado ao ano anterior, quando foram registrados 261.645 casos. Em relação ao Zika, os casos caíram 92,6%. Foram registrados 15.586 casos prováveis em todo país, enquanto em 2016, o Brasil registrou 211.487 notificações.
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