BRASÍLIA - O Ministério da Saúde está discutindo investimentos para a implantação de tecnologia robótica no Sistema Único de Saúde (SUS). Na última semana, o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Marco Fireman, conheceu o estudo de utilização de robôs em cirurgias do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília. O projeto vai estudar o uso da tecnologia para tornar os procedimentos cirúrgicos mais precisos e menos invasivos.
"É um projeto ousado e importante. Estamos estudando a possibilidade de introduzir a tecnologia robótica em fase experimental de pesquisa para fazer a avaliação de desempenho no SUS, verificar os benefícios para saber se temos viabilidade de ampliar o investimento futuramente para outros hospitais”, explicou o secretário Marco Fireman.
Atualmente, o Ministério da Saúde dá incentivos fiscais, por meio dos Programas de Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que é realizado por entidades filantrópicas credenciadas ao SUS para o desenvolvimento de projetos que utilizem a tecnologia robótica. Além disso, o governo federal já investe em dois programas em São Paulo – um no Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) e outro no Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O robô é um aparelho comandado pelo cirurgião que permite alta precisão, reduz o tempo de duração dos procedimentos e facilita manipulação de áreas de difícil acesso. Além disso, “é uma inovação que permite a visualização de tumores de forma mais detalhada, rastreando inclusive aqueles que não são identificados em cirurgias comuns. A tecnologia permite alto desempenho em procedimentos de ressecção de tumores e aumenta as chances de cura de pacientes oncológicos. É um avanço inestimável, porque a vida não tem preço”, pontuou o médico e diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, Renato Teixeira.
O uso da robótica para esse tipo de procedimento é uma prática consolidada em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de 3500 robôs em unidades hospitalares para cirurgias de alto grau de complexidade. Se implementado no Hran, o projeto será o primeiro a disponibilizar a tecnologia em um hospital no Centro Oeste.
A proposta está sendo elaborada pelo HRAN e deverá ser submetida ao Ministério da Saúde para avaliação. Se aprovado entrará em fase de instalação para ser testado por um período de aproximadamente três anos.
Saiba Mais
- SUS vai ampliar acesso da população a profissionais especialistas
- Primeira etapa do SUS Digital alcança todos os Estados brasileiros
- Tratamento para AVC isquêmico é incluído no SUS
- Ministério da Saúde lança aplicativo para apoiar trabalhadoras do SUS no enfrentamento a situações de violência
- Digitalização deve fortalecer SUS, diz secretária de Saúde
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.