Economia

Saques das contas inativas injetam R$ 2,65 bilhões no varejo

Valor movimentado pelos quatro segmentos corresponde a 48% do sacado em março.

Imirante.com, com informações do Portal Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h23
(Foto: Divulgação/ Assessoria da Prefeitura de Imperatriz)

BRASÍLIA - Os recursos provenientes das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) provocaram, no mês de março, um impacto positivo de R$ 2,65 bilhões nas vendas do comércio varejista brasileiro. Os dados são de um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado nesta quinta-feira (1).

Entre os ramos do varejo nacional mais impactados estão: vestuário e calçados (R$ 1,19 bilhão), materiais de construção (R$ 594,4 milhões), móveis e eletrodomésticos (R$ 530,2 milhões) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 337 milhões).

O valor movimentado pelos quatro segmentos corresponde a 48% dos R$ 5,5 bilhões que foram sacados em março – de acordo com a Caixa Econômica Federal – a 6,2% das vendas mensais desses segmentos e a mais da metade (54%) do faturamento auferido por esses setores em um dia de vendas.

Esses quatro segmentos, segundo a pesquisa, foram impactados positivamente pelos recursos das contas inativas do FGTS e reagiram favoravelmente após o início dos saques.

Com alta de 11,7%, o ramo de vestuário e calçados registrou seu maior aumento real de vendas desde fevereiro de 2011 (+14,1%). De forma semelhante, as vendas no ramo de móveis e eletrodomésticos subiram, em média, 10,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, taxa que não se observava desde julho de 2013 (+11%).

Já as vendas nas lojas de materiais de construção, que registraram crescimento de 9,4%, não subiam tanto desde fevereiro de 2014 (+16,7%). Até mesmo nos estabelecimentos especializados na venda de produtos farmacêuticos, cosméticos e artigos de perfumaria, onde houve queda de 1,8%, a perda observada nas vendas em março foi a menor dos últimos meses.

“As quedas sucessivas dos preços médios praticados por alguns segmentos do varejo e o recuo no valor das prestações nas operações de crédito voltadas para pessoas físicas também favoreceram o processo”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC.

O estudo da CNC baseia-se no comportamento das vendas e dos preços no varejo medidos por meio da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), em indicadores do mercado de trabalho disponibilizados mensalmente por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), além do comportamento da concessão de crédito ao consumidor divulgado mensalmente pelo Banco Central.

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