Febre Amarela

Veja como fica vacinação contra a Febre Amarela com adoção da dose única

A partir deste mês de abril, crianças com nove meses e adultos até 59 anos precisam tomar apenas uma dose da vacina contra a doença.

Agência Saúde

Atualizada em 27/03/2022 às 11h24
A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença.
A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença. (Foto: Reprodução)

BRASIL - O Ministério da Saúde anunciou na última quarta-feira (5) a adoção da dose única da vacina contra a febre amarela para as áreas com recomendação de vacinação em todo o país. Com a medida, crianças e adultos, que já tomaram uma dose, não precisam se vacinar mais contra a febre amarela ao longo da vida. A medida já era adotada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2014. A estratégia de uma única dose também passa a ser adotada no Brasil. A vacina é segura e garante proteção ao longo da vida.

Precisam se imunizar crianças a partir de nove meses e adultos até 59 anos, com apenas uma dose da vacina. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem ainda não foi vacinado, a orientação é receber a dose única. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina. A população que não vive na área de recomendação, ou não vai se dirigir a essas áreas, não precisa buscar a vacinação neste momento.

A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença e apresenta eficácia de 95% a 99%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos como febre, dor local, dor de cabeça, dor no corpo. Para algumas pessoa a vacina é contraindicada.

Quem deve tomar a vacina, com restrições

• Pessoas acima de 60 anos deverão ser vacinadas somente se residirem ou forem se deslocar para áreas com transmissão ativa da febre amarela e que não tiverem alguma contraindicação para receber a vacina.
• Gestantes (em qualquer período gestacional) e mulheres amamentando só deverão ser vacinadas se residirem em local próximo onde ocorreu a confirmação de circulação do vírus (epizootias, casos humanos e vetores na área afetada) e que não tiverem alguma contraindicação para receber a vacina.
• Mulheres amamentando devem suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação e procurar um serviço de saúde para orientação e acompanhamento a fim de manter a produção do leite materno e garantir o retorno à lactação.
• Pessoa vivendo com HIV/AIDS desde que não apresentem imunodeficiência grave (Contagem de LT-CD4+<200 células/mm3). Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável.

Quem não deve tomar a vacina:

• Pessoas com imunossupressão secundária à doença ou terapias.
Imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia, corticoides em doses elevadas).
• Pacientes em uso de medicações anti-metabólicas ou medicamentos modificadores do curso da doença (Infliximabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Ritoximabe).
• Transplantados e pacientes com doença oncológica em quimioterapia.
• Pessoas que apresentaram reação de hipersensibilidade grave ou doença neurológica após dose prévia da vacina.
• Pessoas com reação alérgica grave ao ovo.
• Pacientes com história pregressa de doença do timo (miastenia gravis, timoma).

Viajantes

Para turistas que forem se dirigir a uma área com recomendação de vacina - tanto estrangeiros quanto brasileiros – e que não nunca receberam nenhuma dose da vacina, a recomendação é que seja vacinado pelo menos dez dias antes da viagem, que é o tempo que a vacina leva para criar anticorpos e a pessoa estar devidamente protegida. Quem tomou a vacina em algum momento da vida, não precisa de nova dose.

Crianças

Se a criança tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode ser aplicada ao mesmo tempo com a febre amarela, com exceção vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela).

Se a criança que não recebeu a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias depois.

Áreas com recomendação

A vacinação de rotina para febre amarela é ofertada em 19 estados (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) com recomendação para imunização. Vale destacar que na Bahia, Piauí, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a vacinação não ocorre em todos os municípios. Além das áreas com recomendação, neste momento, também está sendo vacinada, de forma escalonada, a população do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar uma dose da vacina ao longo da vida.

Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde tem enviado doses extras da vacina contra a febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença, além de outros localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos. No total, 21,6 milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (7,5 milhões), São Paulo (4,78 milhões), Rio de Janeiro (3,9 milhões), Espírito Santo (3,65 milhões) e Bahia (1,9 milhão). Além disso, foram distribuídas, desde janeiro deste ano, 4,4 milhões doses da vacina de rotina para todas as unidades da federação.

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