Relatório

Inflação mais baixa pode levar BC a acelerar corte da taxa Selic

No relatório, o BC estima que a inflação deve ficar em 4% este ano.

Kelly Oliveira/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h24
O BC considera até a probabilidade de a inflação ficar abaixo do limite inferior da meta.
O BC considera até a probabilidade de a inflação ficar abaixo do limite inferior da meta. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

BRASÍLIA - Com a inflação mais baixa de forma disseminada, o Banco Central (BC) poderá acelerar o ritmo de cortes na taxa básica de juros, a Selic. A informação consta do Relatório de Inflação, divulgado hoje (30), em Brasília, pela internet.

Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou o quarto corte seguido na taxa. Por unanimidade, ele reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, de 13% ao ano para 12,25% ao ano. Esse foi o segundo corte seguido de 0,75 ponto percentual. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 11 e 12 de abril.

“A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária [definições da taxa Selic], fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom”, diz o relatório divulgado hoje, em Brasília.

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica.

Projeções para inflação

No relatório, o BC estima que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 4% este ano, abaixo do centro da meta de 4,5%.

A meta tem, ainda, limite inferior de 3% e superior de 6%. O BC considera até a probabilidade de a inflação ficar abaixo do limite inferior da meta. Essa probabilidade é de 19%, maior que a probabilidade de estouro (4%) do teto da meta.

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