Educação

Norte e nordeste lideram repetência escolar

IBGE aponta índice de repetência cerca de 50% nas regiões. Falta de óculos pode ser a causa.

Imirante.com, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h26
A última PeNSE mostra que a repetência atinge 16,3% e 16,9% respectivamente nessas regiões, contra a média nacional de 11,4%.
A última PeNSE mostra que a repetência atinge 16,3% e 16,9% respectivamente nessas regiões, contra a média nacional de 11,4%. (Foto: Reprodução)

SÃO PAULO - A aproximação da volta às aulas pede mais atenção com a visão das crianças principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. A última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) realizada pelo IBGE mostra que a repetência atinge 16,3% e 16,9% respectivamente nessas regiões, contra a média nacional de 11,4%.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier em Campinas, uma pesquisa com pais e professores de 36 mil alunos da rede pública de ensino que receberem óculos durante programa social desenvolvido pelo hospital, comprova a influência da visão no desempenho escolar. Os resultados mostram que depois de um ano para os professores 50% dos estudantes tiveram melhora no rendimento escolar, a concentração de 57% aumentou e 38,2% ficaram menos agitados.

Para os pais, 88% das crianças passaram a ter mais concentração e interesse pelo estudo, todos os que sentiam dor de cabeça pararam de se queixar e 91% começaram realizar tarefas que antes não conseguiam.

Triagem online pode reduzir repetência

O problema é que no Brasil 8 em cada 10 crianças em idade pré-escolar nunca foram ao oftalmologista e 30% têm algum vício de refração de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Queiroz Neto ressalta que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a falta de óculos é a maior causa da deficiência visual no Brasil. O médico explica que isso não quer dizer que o grau aumenta quando a criança deixa de usar os óculos, mas dificuldade para realizar as tarefas do cotidiano sem óculos. Para reduzir o problema o hospital disponibiliza um aplicativo autoexplicativo para triagem visual das crianças no site. O médico afirma que a ferramenta não substitui a consulta, mas indica quando é necessário passar por exame com um especialista.

Prevenção da cegueira monocular

Nossos olhos se desenvolvem até a idade de 8 anos. Neste período, qualquer bloqueio visual, como o estrabismo ou olho torto, faz com que a criança utilize mais o olho de melhor visão, podendo comprometer o desenvolvimento do outro. Para resolver este problema que é conhecido com ambliopia ou “olho preguiçoso”, explica, é necessário fazer a oclusão do olho de melhor visão para estimular o outro antes do desenvolvimento completo do sistema ocular. É por isso, comenta, que o primeiro exame de vista deve ser feito aos 3 anos de idade.

Sinais de problemas

O médico afirma que a criança não sabe se enxerga bem. Por isso, lista dicas para os pais identificarem problemas de visão.

Até os dois anos, afirma que os sinais de alerta são olhos lacrimejantes, pupila muito grande, acinzentada, com reflexo ou opaca, desinteresse pelo espaço e pessoas.

A partir dos 3 anos, tombar a cabeça para o lado, olhos desviados para dentro ou para fora, esfregar os olhos com frequência.

Sinais de problemas

O médico afirma que a criança não sabe se enxerga bem. Por isso, lista dicas para os pais identificarem problemas de visão. Até os dois anos afirma que os sinais de alerta são olhos lacrimejantes, pupila muito grande, acinzentada, com reflexo ou opaca, desinteresse pelo espaço e pessoas.

A partir dos 3 anos, tombar a cabeça para o lado, olhos desviados para dentro ou para fora, esfregar os olhos com frequência.

No início da fase escolar, o hábito de coçar os olhos após ver muito tempo de TV ou videogame, dor de cabeça e nos olhos frequentes, aproximar ou afastar muito o rosto do caderno, reclamar de dificuldade para enxergar a lousa, baixo rendimento escolar e desinteresse pelos estudos.

No início da fase escolar, o hábito de coçar os olhos após ver muito tempo de TV ou videogame, dor de cabeça e nos olhos frequentes, aproximar ou afastar muito o rosto do caderno, reclamar de dificuldade para enxergar a lousa, baixo rendimento escolar e desinteresse pelos estudos.

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