Tristeza

Mãe e padrasto são presos por matar filho homossexual

Tatiana Lozano confessou à polícia que matou filho a facadas durante briga.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h26
A mãe do jovem, Tatiana Lozano Pereira, e o marido, Alex Pereira (Foto: Reprodução)
A mãe do jovem, Tatiana Lozano Pereira, e o marido, Alex Pereira (Foto: Reprodução)

CRAVINHOS - Mais um caso triste de homofobia foi registrado nesta última quarta-feira (11), quando uma gerente de supermercado identificada como Tatiana Lozano Pereira, 32 anos, foi presa após confessar ter assassinado o próprio filho a facadas, na cidade de Cravinhos, São Paulo.

Segundo a Polícia, Tatiana disse em depoimento que seu filho, Itaberli Lozano,17 anos, estava envolvido com drogas, o que motivou o crime.

Após o homicídio, ela e seu atual marido levaram o corpo até um canavial e atearam fogo. O homem, Alex Pereira, 30 anos, também foi preso. O crime aconteceu no fim de 2016.

Desaparecimento

Dias depois de Itaberli ter sido morto, uma avó registrou um boletim de ocorrência e avisou as autoridades que o jovem estava desaparecido. Os policiais localizaram os restos mortais da vítima em uma área próxima da Fazenda das Flores, em Cravinhos. Junto ao corpo foi encontrado uma pulseira que era utilizada por Itaberli.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Homossexualidade

O tio paterno do adolescente disse que a mãe não aceitava a homossexualidade dele. “A mãe dele não aceitava e a gente já desconfiava, porque ela não quis prestar queixa. Acho que a mãe tem que cuidar do filho e não fazer o que ela fez. Ele era um rapaz que trabalhava, era educado, era um menino, mas estava na fase de trabalhador”, disse Dario Rosa.

Ainda segundo Dario. o adolescente discutia muito com a mãe e esse motivo o levou morar com a avó paterna, em 27 de dezembro de 2016. Itaberli ficou na casa da avó até a noite de 29 de dezembro, quando voltou para casa após receber uma ligação da mãe no celular. A partir daí o jovem não foi mais visto pelos familiares.

"Chegou um carro em casa, ele entrou e saíram. Depois disso, minha mãe foi até a casa dele e perguntou. A mãe [Tatiana] disse que não sabia e falou que ele poderia estar morando na casa de algum amigo, tentando desviar a investigação”, contou o tio.

Prisão

Tatiana foi levada para a Cadeia Feminina de Cajuru (SP), enquanto Alex foi encaminhado para a Cadeia de Santa Rosa de Viterbo. Nenhum dos dois possuía passagens pela polícia.

Pelas redes sociais, amigos e familiares do rapaz prestaram homenagens e lamentaram a morte.

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