Economi

Com crise, parcela do 13° salário destinada a pagar dívidas tende a crescer

Segundo Dieese, salário extra pode injetar R$ 197 bi na economia este ano.

Imirante, com informações da Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
Com a crise econômica, no entanto, a parcela desse montante destinada ao consumo tende a ser menor que em anos anteriores, avaliam especialistas.
Com a crise econômica, no entanto, a parcela desse montante destinada ao consumo tende a ser menor que em anos anteriores, avaliam especialistas. (Divulgação)

BRASÍLIA - Terminou, nessa terça-feira (20), o prazo para que as empresas paguem aos trabalhadores a segunda parcela do 13º salário. A estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é que o pagamento integral do salário extra tem potencial para injetar R$ 197 bilhões na economia este ano. Com a crise econômica, no entanto, a parcela desse montante destinada ao consumo tende a ser menor que em anos anteriores, avaliam especialistas.

“Tradicionalmente, sim, pelo menos uma parte [deve ser destinada ao consumo]. Tradicionalmente, também, grande parte tende a ser para quitar dívida. [A renda extra] sempre é um estímulo para o comércio, mas não tão grande assim. E este ano deve ser inferior aos outros anos”, acredita o economista Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon).

Miragaya afirmou que quitar os pagamentos em atraso é a opção mais acertada. “Consumir com débito no banco não tem jeito”, comenta. O economista Gilberto Braga, do Ibmec-RJ lembra, ainda, que quanto mais o consumidor demorar a pagar a dívida, maiores serão os juros.

“A prioridade é botar a vida financeira em dia, até porque as pessoas que estão endividadas estão pagando juros, mais caros do que qualquer aplicação do dinheiro do 13° possa render. Eu imagino que essa vai ser a opção da maioria das pessoas, mas existe uma parte que coloca a vida em dia de maneira que possa fazer novos endividamentos”, disse.

O economista ressaltou que o Natal é uma época de consumo “emocional” e que, por isso, os recursos do 13° devem também dar fôlego à atividade econômica. “As pessoas têm necessidade de fazer ceia, presentear familiares. Não é da índole do trabalhador não festejar”, afirma.

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