Com isenção

Comissão autoriza Estados a comprar armas estrangeiras com isenção

O projeto recebeu parecer favorável do relator, Major Olímpio.

Agência Câmara

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
O texto determina que a quantidade e o tipo de material comprado deverão ser comunicadas à União.
O texto determina que a quantidade e o tipo de material comprado deverão ser comunicadas à União. (Foto: Reprodução/Agência Câmara)

BRASÍLIA - A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou, nessa quarta-feira (16), o projeto de lei do deputado Cabo Sabino (PR-CE) que autoriza os órgãos de segurança da União, dos Estados e do Distrito Federal a comprar material bélico importado, sem necessidade de autorização do Exército, e com isenção de tributos.

O projeto (PL 5556/16) recebeu parecer favorável do relator, deputado Major Olímpio (SD-SP). Ele apresentou um substitutivo que alia a proposta às técnicas de redação legislativa, sem mudar o teor do texto original.

Segundo o projeto, poderão ser adquiridos pelos órgãos de segurança armas, partes, componentes, acessórios, munições, incluídos estojos, espoletas, pólvora e projéteis, de uso restrito e permitido. O texto determina que a quantidade e o tipo de material comprado deverão ser comunicadas à União.

Autorização

Existe, hoje, a necessidade de autorização do Exército para que os órgãos de segurança pública possam importar armas estrangeiras. Esse controle é fundamento no Decreto 3.665/00, do Executivo, que contém o Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (conhecido como R-105), e uma portaria do Ministério da Defesa.

Os dois documentos só permitem a importação de armas que não tenham similares na indústria nacional, ou de equipamentos nacionais considerados de valor estratégico para o Exército.

Concorrência

Para o deputado Major Olímpio, essa reserva de mercado desestimula a competitividade da indústria bélica nacional e obriga as polícias a conviver com equipamentos que nem sempre apresentam a qualidade necessária.

Ele lembrou que o direito de importar armas é reivindicação antiga dos órgãos de segurança pública, “que demonstram cotidianamente as falhas apresentadas pelos armamentos nacionais adquiridos”.

“Dar autonomia para que cada ente da federação possa realizar a compra do armamento é respeitar o pacto federativo”, disse Olímpio.

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