Recuperação

Déficit nas contas externas do Brasil deve cair em 2016

Segundo o Ipea, o déficit nas contas deve fechar o ano em torno de 1%.

Portal Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h28
Queda das importações, segundo o Ipea, é um dos fatores para a melhoria da balança comercial.
Queda das importações, segundo o Ipea, é um dos fatores para a melhoria da balança comercial. (Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

BRASIL - O Brasil deve fechar 2016 com um déficit nas contas externas em torno de 1% do produto interno bruto (PIB), que é soma de todas as riquezas produzidas pelo Brasil. O resultado, que consta em levantamento divulgado nessa quinta-feira (3) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é o melhor dos últimos anos, ficando abaixo à média histórica do País, que é de 1,8% do PIB.

De acordo com a Carta de Conjuntura, documento produzido pelo Ipea que avalia dados econômicos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as contas externas brasileiras “permanecem em uma trajetória de ajuste, com expressiva redução do déficit em transações correntes”.

No acumulado do ano até setembro, o déficit ficou em US$ 13,6 bilhões, redução superior a 70% na comparação ao número do mesmo período de 2015 (US$ 49,214 bilhões).

Segundo Ribeiro, a queda do déficit pode ser explicada, principalmente, pelo aumento do superavit comercial. “Com efeito, a balança comercial brasileira vem registrando, desde o final de 2015, superávits comerciais bastante robustos, da ordem de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões ao mês, e, no acumulado de janeiro a outubro, o superávit alcançou US$ 38,5 bilhões, três vezes mais que o número dos primeiros dez meses de 2015”, diz trecho do levantamento

A queda “extraordinária” das importações, segundo o Ipea, é um dos fatores para a melhoria da balança comercial. “Os dados dessazonalizados mais recentes sugerem, contudo, que está havendo certa estabilização das importações e uma nova queda nas exportações, levando à redução dos saldos comerciais. Desta forma, em termos anualizados, o saldo dessazonalizado alcançou um pico histórico de cerca de US$ 60 bilhões em maio último, recuando nos últimos meses para valores mais próximos de US$ 40 bilhões”, pondera Ribeiro no levantamento.

Fluxo de capital

De acordo com a Carta de Conjuntura, os fluxos líquidos de capitais do País tiveram uma redução de 68,8% no período de janeira a setembro na comparação com igual período de 2015, menor valor para o período nos últimos dez anos.

No outro extremo, segundo o Ipea, o saldo negativo de US$ 11,4 bilhões dos investimentos em carteira, ocorreu, principalmente, em virtude do retorno líquido de US$ 15,6 bilhões de aplicações em títulos negociados no mercado externo

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