Economia

Crescimento de países emergentes favorece Brasil, afirma Ipea em relatório

Avaliação do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas se baseia principalmente na recuperação da economia da China.

Portal Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h28
(Foto: Reprodução)

BRASIL - O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgou, nesta segunda-feira (10), um relatório em que aponta que o crescimento de países emergentes também favorece a recuperação da economia brasileira.

O cenário mundial tem se mantido estável em termos de crescimento global, com exceção, principalmente, de economias emergentes como a China, que, apesar da forte desaceleração nos últimos anos, ainda deve contribuir com quase 40% do crescimento global em 2016.

A esse movimento deve beneficiar o Brasil, parceiro tradicional dos chineses. As informações estão na Carta de Conjuntura do Ipea, que ressalta a previsão feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de um crescimento da economia mundial da ordem de 3,1% em 2016 e 3,4% em 2017. O trabalho avaliou ainda o desempenho do PIB em diversos países, o mercado de petróleo, de commodities, comércio internacional, emprego e o consumo das famílias.

A decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (processo conhecido como Brexit) provocou um impacto menor que o esperado até o momento, segundo o trabalho do técnico de planejamento e pesquisa Paulo Mansur Levy, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac), do Ipea.

Nos Estados Unidos, os efeitos do Brexit também foram abaixo do esperado e houve uma significativa melhora no mercado de trabalho.

Por isso, e não obstante o fato de os indicadores de atividade econômica dos EUA estarem voláteis e de a inflação ter se mantido em 2% ao ano, os argumentos sobre aumento da taxa de juros voltaram a ganhar força. Os Estados Unidos cresceram 1,4% no segundo trimestre. O consumo das famílias teve desempenho bastante positivo, subindo 4,3% e contribuindo com 2,9 pontos percentuais para o crescimento.

Na União Europeia, os dados do segundo trimestre mostraram desaceleração do crescimento do PIB de 0,5% no primeiro trimestre para 0,3% na comparação com o trimestre anterior. O crescimento trimestral do consumo das famílias recuou de 0,6% no primeiro trimestre para 0,2% no segundo – a variação mais baixa desde o primeiro trimestre de 2014.

Por fim, na China os investimentos voltaram a acelerar (para um crescimento de 8,2% na comparação com agosto de 2015), após variação de apenas 3,9% em julho. A taxa de elevação dos investimentos privados no setor industrial teve reação bem mais modesta, de 0,7% para 1%. Os investimentos no setor imobiliário também aceleraram, registrando crescimento de 6,2% em relação a agosto de 2015.

No panorama global, o terceiro trimestre do ano caracterizou-se pela reversão das expectativas mais negativas que prevaleciam ao final de junho, sem que se tenha conseguido, porém, superar as incertezas de caráter mais estrutural. O crescimento moderado do período na Zona do Euro foi influenciado positivamente pelas exportações.

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