Por meio de rede social

FHC afirma que jamais interferiu em contratos da Petrobras em seu mandato

O ex-presidente também disse que seu filho nunca teve ligação com a estatal.

André Richter/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32
(Foto: Reprodução / Internet)

BRASÍLIA - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou hoje (3) que jamais interferiu em contratos da Petrobras durante seus dois mandatos. Por meio de nota publicada em sua rede social, o ex-presidente também disse que seu filho, Paulo Henrique Cardoso, nunca teve ligação com a estatal.

A manifestação de FHC foi motivada pela divulgação dos depoimentos de delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Segundo FHC, as declarações de Cerveró não têm fundamento.

“Notícias veiculadas pela mídia a propósito de delação do senhor Nestor Cerveró sobre o governo FHC não têm qualquer fundamento. Paulo Henrique Cardoso nunca foi ligado à empresa PRS, nunca ouviu falar dela, nem, portanto, teve qualquer relação comercial com a referida empresa, nem, muito menos, teve algo a ver com as compras de Petrobras. De igual modo, Fernando Henrique Cardozo jamais interferiu ou orientou aquisições pela Petrobras durante os dois mandatos que exerceu com presidente da República. Esclarecimentos mais detalhados podem ser prestados pelos técnicos que dirigiram a empresa no período mencionado”, diz a nota.

Em dois depoimentos, Cerveró disse que fechou a contratação de uma empresa ligada ao filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, por orientação do então presidente da estatal Phillipe Reichstul.

Ele disse aos investigadores que, em 1999 ou 2000, passou a tratar com o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, sobre a contratação da empresa espanhola Union Fenosa, em um projeto da TermoRio, usina termelétrica operada pela estatal. Segundo o delator, todos esperavam que o negócio seria fechado, mas a empresa do filho de FHC foi contratada.

Os depoimentos foram divulgados ontem (3), após a decisão do ministro Teori Zavascki, que retirou o sigilo dos depoimentos ao atender um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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