Defesa da presidenta

Comissão do Impeachment rejeita questões de ordem da defesa de Dilma

Anastasia recusou pedidos para inclusão de gravações de Machado como provas.

Mariana Jungmann / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32
Anastasia voltou a rejeitar os requerimentos de inclusão de de conversas com líderes do PMDB.
Anastasia voltou a rejeitar os requerimentos de inclusão de de conversas com líderes do PMDB. (Foto: Agência Brasil)

BRASÍLIA - O presidente da Comissão Processante do Impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), retomou a reunião do colegiado rejeitando as questões de ordem apresentadas pela defesa da presidente Dilma Rousseff. O relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), também analisou requerimentos apresentados e acolheu dois deles.

A reunião foi suspensa por duas horas, no início da tarde, para almoço e descanso dos parlamentares. Na volta aos trabalhos, Anastasia voltou a rejeitar os requerimentos que pediam a inclusão, como provas, das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de conversas com líderes do PMDB em semanas que precederam o afastamento da presidente Dilma. As gravações constam de delação premiada de Machado e o pedido de inclusão delas no processo já tinha sido feito pela defesa, mais cedo, e rejeitado pelo relator.

O relator acatou apenas os requerimentos que pediam o envio de ofícios ao Tribunal de Contas da União e à Secretaria do Tesouro Nacional para que prestem informações sobre os decretos de suplementação orçamentária e o Plano Safra, nas questões em que a presidente afastada é acusada de crime de responsabilidade.

Entre as questões de ordem rejeitadas por Lira, uma foi apresentada pelo senador José Pimentel (PT-CE), na qual ele fazia pedido de vista sobre os requerimentos acatados por Anastasia. Outro pedido rejeitado por Lira era uma nova arguição de suspeição contra o relator, questão que já tinha sido afastada outras vezes pela comissão.

Para a senadora Simone Tebet (PMDB-MS), a insistência dos parlamentares e da defesa de Dilma Rousseff nesta questão é um “desrespeito” com a comissão. “Quero saber quantas vezes mais essa questão será apresentada e quantas vezes a decisão dessa comissão será desrespeitada”, questionou a senadora.

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