COMBATE AO <i>AEDES</i>

Mais de 34 milhões de imóveis foram visitados no último mês

Em 3,12% das casas e unidades comerciais vistoriadas foram encontrados focos do mosquito.

Agência Saúde

Atualizada em 27/03/2022 às 11h33
(Foto: Reprodução)

BRASÍLIA - Na segunda fase da mobilização nacional para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que durou o mês de março, os agentes de saúde e de endemias, com a ajuda de militares, visitaram quase 35 milhões de domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais brasileiros. Os números fazem parte do balanço do segundo ciclo divulgado pela Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da dengue, chikungunya e zika (SNCC), coordenada pelo Ministério da Saúde.

Do total de imóveis visitados, 29,2 milhões foram efetivamente vistoriados e 5,6 milhões estavam fechados ou houve recusa para o acesso. Do total, foram encontrados focos do mosquito em 912 mil unidades. Os Estados que registraram maior número de visitas foram Tocantins com 98% da totalidade de imóveis visitados e Piauí com 90%.

No segundo ciclo, as videoconferências com os Estados, que antes eram individuais, passaram a ser coletivas por regiões, permitindo que até seis Estados se conectassem simultaneamente e trocassem experiências sobre os problemas enfrentados localmente. “A interação entre as salas estaduais neste período do ano de maior potencial de transmissibilidade da doença foi de grande relevância para manter a integração intersetorial e a motivação das equipes”, explicou Marta Damasco, coordenadora da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da dengue, chikungunya e zika (SNCC).

Durante o mês de março, 90% das cidades, ou seja, 5.055 dos 5.570 existentes em todos os Estados do Brasil notificaram as visitas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Os dados são gerenciados pela Sala Nacional com base nas informações transmitidas pelas salas estaduais, a partir da mobilização para realização de visitas pelos municípios.

Outro avanço apontado pela coordenadora nacional da Sala de Coordenação e Controle é a instalação de locais de monitoramento em municípios. “Além das capitais, atualmente 545 municípios, sendo 127 em áreas prioritárias, também já instalaram salas municipais, o que contribui para a manutenção das ações de combate ao vetor no território e a mobilização da sociedade”, completou a coordenadora.

O primeiro ciclo da mobilização, entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. Segundo o IBGE, o Brasil conta com 67 milhões de domicílios.

Participação de estatais

A partir do segundo ciclo, a mobilização no combate ao mosquito também passou a contar com o engajamento de estatais, como Branco do Brasil, Caixa Econômica, Correios e Eletrobrás, além de empresas da sociedade civil, como a Unicef que, além de realizarem ações com seus funcionários, potencializaram a identificação de possíveis focos do vetor.

A inserção da Funasa na composição das Salas Estaduais de Coordenação e Controle também contribuiu para o desenvolvimento de atividades nesse período. Em nível nacional foi possível articular ações de saneamento básico e resíduos sólidos de médio e longo prazo.

Os ciclos de mobilização e controle seguem até o mês de junho. A coordenadora da Sala ressalta a importância da continuidade das ações, mesmo no período de estiagem. “É importante manter a população mobilizada para evitar que os esforços feitos até então não se percam, por isso continuaremos articulando ações conjuntas e articulando novas reuniões com Funasa e diversos setores da sociedade”, finalizou.

Mobilização

A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências.

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