Pesquisa

Estudo mostra que zika pode usar proteína para acessar células neurais

Foram analisadas células presentes no cérebro de camundongos e furões e também em organoides derivados de células-tronco humanas.

Paula Laboissière / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h34
(Foto: Reprodução)

BRASÍLIA - Estudo publicado pela revista norte-americana Cell Press identificou a possibilidade de o vírus zika acessar células-tronco neurais por meio de uma proteína. A pesquisa mostra que danos no receptor AXL têm relação direta com sintomas associados à infecção em fetos, mas não confirma a correlação entre o zika e a microcefalia.

Foram analisadas células presentes no cérebro de camundongos e furões e também em organoides derivados de células-tronco humanas. Todos os modelos, segundo o estudo, mostraram a expressão do receptor AXL em células gliais radiais, um tipo de célula-tronco neural que dá origem a outras células, como os neurônios.

Boletim divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde informa que, desde outubro de 2015, 944 bebês nasceram com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita. Do total de 944 confirmados, apenas 130 tiveram exame laboratorial positivo para o zika. Ainda segundo levantamento, 4.291 casos estão em investigação.

Do total de 6.776 casos notificados de bebês com suspeita de terem a malformação, 1.541 foram descartados por apresentarem exames normais ou por apresentarem microcefalia e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas. A maioria dos casos foi registrada no Nordeste, (5.315), que responde por 78% do total registrado, sendo Pernambuco o estado com o maior número de casos em investigação (1.207).

A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

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