BRASÍLIA - A Secretaria de Saúde do Distrito Federal registrou 1.073 confirmações de casos de dengue em moradores da capital, desde o início de 2016. Segundo dados divulgados no boletim epidemiológico houve aumento em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 236 casos.
De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, o aumento dos casos pode ser explicado pelo volume de chuvas maior do que no ano passado e pelo crescimento de ocorrências da doença em todo o País. Além disso, destaca Coelho, a obrigatoriedade, desde 2 de janeiro, de os planos de saúde oferecerem testes rápidos que identificam a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus contribuíram para elevar a quantidade de notificações.
O governo de Brasília tem intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor das três doenças. Agentes de vigilância ambiental fazem, diariamente, visitas de rotina em todo o Distrito Federal (DF), de acordo com um mapeamento feito pela Vigilância Ambiental e conforme a realidade e necessidade de cada região administrativa. O objetivo é fazer uma varredura e eliminar os prováveis criadouros.
A Secretaria de Saúde realiza, na terceira semana de cada mês, a Semana de Prevenção e Combate à Dengue, quando as ações são intensificadas e contam com o apoio de outros órgãos como o Corpo de Bombeiros, o Seviço de Limpeza Urbana (SLU), a Agência de Fiscalização (Agefis), a Defesa Civil, administrações regionais e o Exército.
Apoio
Além das vistorias programadas em todo o DF, a partir de hoje (11), os pacientes que chegarem à emergência do Hospital Regional de Brazlândia com suspeita de dengue, Zika ou chikungunya serão encaminhados à Unidade de Atenção à Dengue, composta por três tendas montadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no estacionamento local.
Inicialmente, o paciente passa pelo atendimento primário, com avaliação clínica, que servirá como triagem para descobrir se a pessoa pode estar com alguma das doenças transmitidas pelo Aedes agepty. Após a realização do teste rápido, os pacientes que confirmarem diagnóstico para Zika ou chinkungunya serão reencaminhados ao hospital para dar continuidade a exames e tratamento. Já os pacientes diagnosticados com dengue continuam o atendimento nas outras tendas, que dispõem de dez leitos com suporte para soro.
A medida é para agilizar o atendimento: "Percebemos que a melhor solução é tirar o atendimento de suspeita de dengue do pronto-socorro, de forma que ele possa funcionar normalmente para os outros casos", disse o secretário de Saúde, Fábio Gondim.
A Unidade de Atenção à Dengue funcionará de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.
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