Brasil

FAB alega questões operacionais para não transportar coração para transplante

Paciente, um menino que está internado em Brasília, continua à espera de um novo coração.

Marcelo Brandão / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36

BRASÍLIA - A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou, nessa segunda-feira (11), uma nota em que alega “questões operacionais” para não ter atendido ao pedido de transporte de um coração para transplante, no dia 1º de janeiro. O órgão sairia de Minas Gerais para Brasília. O paciente, um menino que está internado na capital, continua à espera de um novo coração.

“No dia 1º de janeiro, a FAB não atendeu ao pedido por questões operacionais”, diz a nota da instituição.

Sem entrar em detalhes sobre as questões operacionais, a Força Aérea destacou que, no acordo de cooperação com o Ministério da Saúde, cabe a ela gerenciar o tráfego aéreo dando prioridade ao transporte do órgão a ser transplantado, além de fazer o transporte de órgãos, quando for possível.

“Além dessas atribuições, a FAB realiza o transporte de órgãos em aproveitamento de missões militares, de acordo com a disponibilidade e considerando aspectos operacionais, como distância e a existência de aeródromos adequados, por exemplo”. Além de aviões da FAB, órgãos para transplante também podem ser transportados – com prioridade – em aviões comerciais, conforme acordo de cooperação do Ministério da Saúde com a Secretaria de Aviação Civil.

No comunicado, a instituição militar destacou que tem auxiliado e transportado órgãos para transplante sempre que possível. “Em 2015, a FAB realizou 42 missões de transporte de pacientes e órgãos em todo o país. No ano passado, somente na região de Brasília foram transportados seis corações para transplante”.

Para ser bem-sucedido, um transplante de coração precisa de uma logística rápida. O tempo entre a retirada do órgão do doador e a implantação no receptor não pode ultrapassar cinco horas. O menino de Brasília está internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a família do paciente não autorizou a instituição a divulgar nome, idade, quadro clínico ou qualquer outra informação sobre a criança.

O hospital não soube informar se o menino vai demorar para receber outra oportunidade de transplante. A cirurgia depende de variáveis como a disponibilidade de um coração compatível e a localização do doador.

O ICDF frisou, no entanto, que o Distrito Federal recebe órgãos para transplante com mais facilidade, por estar localizado no centro do Brasil. No ano passado, entre 30% a 40% dos órgãos transplantados pelo hospital vieram de fora do DF.

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