Economia

Dólar volta a fechar acima de R$ 3,80 com possível rebaixamento do Brasil

O dólar comercial subiu R$ 0,064 (1,7%) e encerrou a sessão vendido a R$ 3,801.

Wellton Máximo/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h37
(Reprodução)

BRASÍLIA - Um dia depois de a agência de classificação de risco Moody's anunciar que pode rebaixar a nota da dívida pública brasileira, a moeda norte-americana teve forte alta nesta quinta-feira (10) e voltou a fechar acima de R$ 3,80. O dólar comercial subiu R$ 0,064 (1,7%) e encerrou a sessão vendido a R$ 3,801.

Durante todo o dia, a cotação operou em alta. No entanto, o ritmo de alta se intensificou a partir das 15h. Por volta das 16h40, o dólar chegou a atingir R$ 3,805, na máxima do dia. A divisa acumula queda de 2,21% em dezembro. Em 2015, a moeda subiu 42,9%.

Nas bolsas de valores, o dia também foi marcado pela queda. O índice Ibovespa, da Bolsa de São Paulo, caiu 1,04% e encerrou em 45.630,71 pontos. As ações ordinárias da Petrobras caíram 2,75%, e as preferenciais recuaram 2,61%.

No fim da tarde de ontem (9), a Moody's revisou para negativa a perspectiva da nota da dívida brasileira. A decisão abre caminho para que o Brasil seja rebaixado e perca o grau de investimento, garantia de que o país não dará calote na dívida pública.

Em setembro, a Standard & Poor's retirou o país dessa categoria. Caso uma segunda agência de classificação de risco faça o mesmo, os fundos de investimento estrangeiros não poderão mais aplicar no Brasil, ocasionando fuga de capitais do país.

Em comunicado, a Moody's citou a incerteza política brasileira criada após a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff como fator que pode impedir a aprovação do Orçamento de 2016 e de medidas de aumento de impostos essenciais para aumentar as receitas. Além disso, a agência destacou que dificilmente a economia brasileira conseguirá se recuperar no próximo ano.

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