Rio de Janeiro

Festival une arte e tecnologia em múltiplas linguagens

Serão 35 apresentações de artistas nacionais e internacionais.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h38

RIO DE JANEIRO - Quarenta e cinco horas de muita arte e tecnologia, digital ou não, é o que promete o festival Multiplicidade, que ocupa de nesta quinta-feira (5) a domingo (8) três espaços culturais da zona sul do Rio de Janeiro: Oi Futuro Flamengo, Planetário da Gávea e Escola de Artes Visuais (EAV), no Parque Lage. Serão 35 apresentações de artistas nacionais e internacionais que, utilizando as novas mídias, produzem trabalhos de forte impacto visual e sonoridade experimental.

Surgido em 2005, o Multiplicidade fez, ao longo deste ano, uma revisão de sua primeira década e resolveu partir para uma antevisão. Com o tema 2025, esta edição projeta futuros possíveis para a arte no ambiente multimídia.

“O Multiplicidade nasceu do encontro entre a imagem e o som, usando a tecnologia. Nos primeiros três anos, essa colaboração entre a imagem e o som era uma regra muito rígida. A partir do momento em que a gente ampliou o festival para fora do teatro do Oi Futuro, o evento ganhou outra dimensão, incorporando novas linguagens”, afirma o idealizador e curador do evento, Batman Zavareze.

O espetáculo Recesion, terceiro ato de uma trilogia formada também por Euphorie e Crise, é o destaque dos franceses do 1024 Architecture, que abrem o festival nesta quinta-feira, às 20h, no Oi Futuro. Francois Wunschel e Fernando Favier misturam teatro, projeção e música e apresentam um cenário de escassez de recursos naturais e poucas espécies, posterior ao apocalipse visual encenado em Crise.

Nesta sexta-feira (6), o Multiplicidade ocupa a Fundação Planetário com duas apresentações, de Muti Randolph e Bruno Palazzo. As instalações videográficas, famosas em festivais pelo mundo, do brasileiro Randolph, se juntam ao trabalho sonoro de Palazzo em um espetáculo inédito.

Outra atração é Andrea Gram, uma das primeiras mulheres a se apresentar como DJ de música eletrônica no Brasil. Seus sets, com referências no experimentalismo e ecletismo, são combinados a projeções videoestelares nostálgicas do acervo do Planetário do Rio, na Cúpula Carl Sagan.

No fim de semana, a programação será intensa na EAV-Parque Lage, com nove espaços ocupados das 10h às 22h. Serão 15 atrações no sábado e 14 no domingo, entre painéis, performances, instalações e workshops, no espaço que atraiu 15 mil pessoas na edição do ano passado do festival.

De acordo com Batman Zavareze, algumas atrações propõem uma experiência mais musical, enquanto outras são mais cinematográficas ou teatrais. “A tela pode ser de 360º , uma performance pode utilizar a holografia. O Fausto Fawcett [autor teatral, escritor e compositor], que já participou várias vezes do festival, define o Multiplicidade como 'teatro total'”, diz o curador.

Zavareze destaca ainda a participação cada vez maior de artistas brasileiros no evento. “Nas primeiras edições, a proporção era 50% de artistas nacionais e 50% de estrangeiros. No ano passado, o número de brasileiros já foi 60% e este ano atingiu 75%”, conta.

No Oi Futuro Flamengo, os ingressos para o espetáculo do 1014 Architecture custam R$ 20, a inteira, e R$ 10, a meia-entrada. No Planetário da Gávea e no Parque Lage, a programação é gratuita. A lista completa de atrações e os horários estão disponíveis no sitewww.multiplicidade.com .

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