Operação Ex-Câmbio

PF combate doleiros que movimentaram mais de R$ 2,3 bi por ano

Os recursos obtidos com as atividades criminosas eram dissimulados de diversas maneiras.

Imirante.com, com informações da PF

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39

RIO GRANDE DO SUL - A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta terça-feira (22), a Operação Ex-Câmbio, que desarticulou um esquema de crimes financeiros com quatro organizações criminosas integradas por doleiros que atuavam no Estado de Santa Catarina, suspeitas de movimentar mais de R$ 2,3 bi por ano (na cotação de ontem, R$ 3,98, cerca de US$ 600 milhões de dólares). A ação ocorre nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Cerca de 280 policiais federais cumprem 27 mandados de prisão, sendo dez mandados de prisão preventiva e 17 mandados de prisão temporária, além de 68 mandados de busca e apreensão e dez mandados de condução coercitiva. Também foram bloqueados 30 veículos e 37 imóveis, sequestrados. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC), Itapema (SC), Dionísio Cerqueira (SC), Porto Belo (SC), Joinville (SC), Barracão (PR), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS).

Os grupos investigados, que atuavam como agentes oficias do mercado de câmbio, usavam as correspondentes cambiais como fachada para a prática de vários crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Entre as fraudes praticadas, estavam a falsificação da identidade dos adquirentes da moeda estrangeira (boletagem), como também dos reais remetentes e destinatários de divisas ao exterior decorrentes do pagamento de importações (fraude cambial). Eles, também, praticavam a evasão de divisas mediante o sistema de dólar cabo.

Os recursos obtidos com as atividades criminosas eram dissimulados de diversas maneiras, entre elas, o uso de laranjas para a compra de imóveis e carros de luxo e a movimentação de contas bancárias, contando ainda com a participação de dois gerentes de banco.

A investigação teve início em 2011, com a apreensão de mais de U$ 80 mil transportados, clandestinamente, por um dos integrantes da organização criminosa investigada. No decorrer dos trabalhos, já foram apreendidos mais de US$ 350 mil e R$ 400 mil em espécie.

Os envolvidos responderão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, instituição financeira clandestina, fraude cambial, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa.

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