Economia

Dólar fecha acima de R$ 4 pela primeira vez na história

Moeda subiu R$ 0,073 (1,83%) e encerrou esta terça-feira (22) vendido a R$ 4,054.

Wellton Máximo / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39
(Marcos Santos /USP Imagens)

BRASÍLIA - Em um dia de turbulência no mercado financeiro, a moeda norte-americana fechou acima de R$ 4 pela primeira vez desde a criação do real. O dólar comercial subiu R$ 0,073 (1,83%) e encerrou esta terça-feira (22) vendido a R$ 4,054. O recorde anterior correspondia a 10 de outubro de 2002, quando a cotação tinha fechado em R$ 3,99.

O dólar operou acima de R$ 4 ao longo de toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 14h30, chegou a ser vendido a R$ 4,061. A divisa acumula alta de 11,76% apenas em setembro e de 52,47% em 2015.

Diferentemente desta segunda-feira (21), quando vendeu US$ 3 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra, o Banco Central não interveio diretamente no mercado de câmbio hoje. O órgão apenas continuou com a rolagem (renovação) dos leilões de swaps cambiais, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

Até agora, o BC rolou US$ 6,74 bilhões do lote total de US$ 9,46 bilhões, equivalente a 71% do total. Nos leilões de rolagem, o BC não vende contratos novos de swap cambial. Apenas adia o vencimento de contratos leiloados nos meses anteriores.

Também contribuiu para a alta do dólar o cenário internacional. Nesta terça-feira (22), integrantes do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, deram indicações de que o banco pode aumentar os juros dos Estados Unidos antes do fim do ano.

Na semana passada, o Fed decidiu adiar o aumento dos juros básicos da maior economia do planeta, que estão entre 0% e 0,25% ao ano desde o fim de 2008. Segundo o órgão, uma elevação neste momento poderia trazer riscos para a economia mundial.

Altas de juros nos Estados Unidos pressionam a cotação do dólar em todo o planeta. Taxas maiores incentivam os investidores a retirar recursos de países emergentes, como o Brasil, para aplicarem em títulos do Tesouro norte-americano, considerados a aplicação mais segura do planeta.

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