Economia

Após atuação do Banco Central, dólar fecha em queda

Nesta sexta-feira (7), o dólar comercial fechou com queda de R$ 0,029.

Wellton Máximo / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h40
(Marcos Santos/USP Imagens)

BRASÍLIA - Depois de se aproximar de R$ 3,60 no pregão de ontem (6), a moeda norte-americana caiu pela primeira vez em seis sessões, com o aumento da atuação do Banco Central (BC) no mercado de câmbio. O dólar comercial fechou nesta sexta-feira (7) vendido a R$ 3,508, com queda de R$ 0,029 (-0,83%).

De manhã, a moeda chegou a operar em alta, mas a tendência reverteu-se nas horas seguintes. Na mínima do dia, por volta das 11h50, o dólar chegou a ser vendido a R$ 3,497. Durante a tarde, o ritmo de queda diminuiu, mas a moeda continuou em baixa. A divisa acumula alta de 2,44% em agosto e de 31,95% no ano.

A cotação passou a cair depois que o BC aumentou a atuação no mercado cambial. Hoje, a autoridade monetária leiloou 11 mil contratos de swap cambial, quase o dobro dos 6 mil contratos leiloados nos últimos dias. O swap cambial funciona como uma venda de dólares no mercado futuro e ajuda a segurar a cotação do dólar porque transfere a procura pela moeda norte-americana do presente para o futuro.

O dólar começou a subir desde que a equipe econômica anunciou, há duas semanas, a redução para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública). Segundo economistas ouvidos pela Agência Brasil, a possibilidade de o país perder o grau de investimento das agências de classificação de risco tem pressionado o câmbio.

A cotação caiu mesmo com dados que mostram a recuperação da economia dos Estados Unidos. Hoje, o governo americano informou que a criação de postos de trabalho fora do setor agrícola em julho fez o nível de emprego no país voltar aos níveis de 2008, antes do estouro da bolha imobiliária que resultou na crise econômica global.

Os sinais de recuperação econômica indicam que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) deve logo aumentar os juros da maior economia do planeta. Taxas mais altas nos países desenvolvidos pressionam a fuga de recursos de países emergentes como o Brasil, valorizando o dólar em todo o planeta.

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