Alerta!

Número de transplantes de órgãos cai no Brasil

Segundo Sociedade Brasileira de Patologia, falta de informação é um dos principais entraves.

Imirante.com, com informações da SBP

Atualizada em 27/03/2022 às 11h43
( Foto: Reprodução/Internet)

SÃO PAULO - A resistência por parte de potenciais doadores e familiares é um dos principais fatores que dificultam a captação de órgãos no país. O alerta é da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) em decorrência dos dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) recentemente. O Registro Brasileiro de Transplantes registrou que 43% das famílias abordadas pelas equipes dos hospitais não autorizaram a doação no primeiro trimestre de 2015.

A SBP chama a atenção para a necessidade de levar esclarecimento à população para que a prática seja estimulada no Brasil. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, no momento, há 18.818 pacientes na fila de espera para transplantes de órgãos, sendo 262 para coração, 1.410 para fígado, 16 para pâncreas, 204 para pulmão, 10.048 para córnea e 446 para rim e pâncreas.

Principal dificuldade

De acordo com a patologista e diretora da SBP, Luciana Salomé, é comum em casos de morte encefálica os parentes terem restrições em permitir a doação, por haver receio em relação à constatação do óbito. “Medo e resistência em autorizar a doação de órgãos ou se declarar doador tem como causa principal a desinformação. É preciso entender que a retirada de órgãos não desrespeita o doador, os critérios para declarar o óbito são extremamente rigorosos e confiáveis”, explica a médica.

Ainda segundo a profissional, a doação proveniente de um caso de morte encefálica é uma oportunidade de obter órgãos com alto potencial de viabilidade para o transplante, em comparação com aspectos que podem ser restritivos à captação do órgão, como morte por infecções, entre outros aspectos, que inviabilizam o procedimento.

Testando a viabilidade

O órgão se torna inviável para transplante em casos de parada cardíaca do doador, antecedente de alguns tipos de câncer, determinados tipos de infecção e tempo em isquemia fria (sem circulação sanguínea). A biópsia, junto com outros exames, fornece as informações sobre a extensão do acometimento do órgão.

“Mais para frente, após um transplante, o seguimento com biópsias é muitas vezes necessário. Esse exame consegue avaliar o bom funcionamento do órgão transplantado, a boa preservação tecidual pela vascularização adequada, além da presença ou ausência de alterações sugestivas de rejeição do transplante”, finaliza Luciana.

Sobre a SBP

Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atua na defesa da atuação profissional dos patologistas, oferecendo oportunidades de atualização e encontros para o desenvolvimento da especialidade. Desde sua instituição, a SBP tem realizado cursos, congressos e eventos com o objetivo de elevar o nível de qualificação desses profissionais. A entidade ainda é responsável por realizar todo ano a prova para obtenção do título de especialista em patologia, algo que torna a consulta à SBP fundamental para a escolha de um bom profissional.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.