Saúde

Terça-feira (21), Dia Nacional de Combate à Sífilis

Na gravidez, o diagnóstico clínico depende da fase evolutiva da doença.

Divulgação/Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h49

Nessa terça-feira (21) é comemorado o Dia Nacaional de Combate à Sífilis, uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) que pode ser identificada pelo aparecimento de rachaduras e membranas mucosas na região genital, a sífilis acomete cerca de 1% da população brasileira, conforme estimativas do Ministério da Saúde. Dados também revelam que aproximadamente 50 mil gestantes são portadoras, sendo que 80% delas realizaram o pré-natal e 56,6% descobriram a sífilis durante a gestação.

Na gravidez, o diagnóstico clínico depende da fase evolutiva da doença, como explica o ginecologista Dr. Renato de Oliveira. “Na sífilis primária, o sintoma mais característico é o surgimento de feridas indolores, que são contagiosas, e nódulos linfáticos inchados. No caso da sífilis secundária, pode-se apresentar febre, lesões avermelhadas na pele, fadiga, dores e perda de apetite”, alerta.

Ainda, de acordo com o especialista, o diagnóstico requer a solicitação de um exame não específico chamado VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), que é realizado por meio da coleta de sangue. “É um exame simples, de baixo custo e rápido. Durante o primeiro e a transição do segundo para o terceiro trimestre da gravidez, todas as gestantes devem realizá-lo. Se a mãe não fez o pré-natal ou não realizou o exame durante o terceiro trimestre, ele deverá ser feito no momento da internação para o parto. A sífilis é uma doença de notificação compulsória, caso o diagnóstico seja feito, deve-se informar os órgãos de saúde pública responsáveis”, esclarece.

Tratamento

No geral, o tratamento é realizado com antibióticos e deve estender-se aos parceiros sexuais. “Não tratar ou tratar a doença inadequadamente pode causar abortamento, prematuridade, complicações agudas e risco de má formação fetal. Por isso, é de extrema importância que a grávida realize o tratamento adequadamente. A sífilis adquirida na gestação é um problema de saúde pública, pois a taxa de transmissão para o bebê é muito alta caso não haja o tratamento adequado que é simples e amplamente disponível”, ressalta Renato.

Consequências

Quando a doença não é tratada, a mãe pode transmitir a bactéria para o feto através da placenta, caracterizando a sífilis congênita, que pode provocar problemas de má formação e desenvolvimento na criança. “A sífilis congênita pode se manifestar durante a gestação, logo após o nascimento ou nos primeiros dois anos da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal”, finaliza Dr. Renato.

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