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A lei brasileira define que a doação tem de ser anônima.

Divulgação

Atualizada em 27/03/2022 às 11h51

A lei brasileira define que a doação de óvulos tem de ser anônima, sendo que a mãe oficial é aquela que gerou o bebê, ou seja, quem recebeu o óvulo doado para ser fecundado e transplantado em seu útero. “É importante explicar que qualquer mulher em idade fértil pode doar seu óvulo àquelas pacientes que não podem engravidar de forma natural. No entanto, não existe no País um banco de óvulos congelados para doação, mas algumas clínicas mantêm óvulos que possam ter sobrado de algum tratamento e, com permissão da paciente, estes são encaminhados à doação”, explica o ginecologista Joji Ueno (CRM 48.486), Doutor em medicina pela Faculdade de Medicina da USP.

Na prática, o processo é bem simples. Enquanto a doadora destina-se à coleta dos óvulos, uma receptora tem o seu útero preparado para o recebimento do embrião. O médico comenta que para coletar este material, chamado gametas, a doadora tem de se submeter à indução de ovulação. “São utilizados medicamentos específicos no início do ciclo menstrual que irão agir diretamente no ovário, induzindo o crescimento dos óvulos”, acrescenta.

Em aproximadamente 10 dias, estes óvulos estão preparados para ser retirados, por meio de uma agulha aplicada na vagina, guiada pelo transdutor transvaginal. “Por meio de ultrassonografia e exames de sangue verifica-se se os óvulos estão prontos. Depois disso, o transdutor transvaginal atinge a região ovariana para aspirar ao conteúdo dos folículos, onde estão os óvulos”, detalha o ginecologista. Todo o procedimento é realizado com sedação leve.

Após este processo, o especialista tem de avaliar se os óvulos estão em condições de serem transferidos para que ocorra a fertilização in vitro (FIV). Na data em que são aspirados, é necessário que o doador do sêmen faça a coleta dos espermatozoides, pois no mesmo dia deverão ser fecundados em laboratório. “A ideia é que o procedimento reproduza exatamente o que aconteceria no útero de forma natural, colocando um óvulo e alguns espermatozoides em uma mesma cultura ou injetando-os diretamente”, afirma o especialista. Na seqüência, os embriões devem passar por um período de maturação, para depois serem transferidos para o útero feminino. E após uns 14 dias, a paciente realiza exame para diagnosticar que o método obteve resultado positivo.

Para tornar-se doadora, a mulher deve ter idade menor que 35 anos, pois nessa faixa etária os óvulos são mais novos e apresentam chances menores de apresentarem algum tipo de problema genético. A doadora também não pode ter alguma doença genética hereditária, problemas de saúde como cânceres dependentes de hormônio. Em geral, participam deste tipo de procedimento, mulheres que já estão em tratamento de reprodução assistida, sendo que não é oferecido algum pagamento pela doação. “As clínicas costumam sugerir a doação compartilhada, ou seja, a doadora tem um abatimento no tratamento que já está sendo realizado”, finaliza o médico.

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