Copa 2014

Comando do Planalto: Integração garantiu segurança na Copa

Pedro Peduzzi / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h52

BRASÍLIA - De tão rigorosas, as ações das equipes de defesa contra agentes químicos e biológicos destacadas para a Copa do Mundo chegaram a interpelar diversos torcedores por estarem com níveis de radiação acima do normal, quando a caminho dos estádios.

“Posteriormente, verificamos que eram pessoas que estavam fazendo tratamento quimioterápico”, disse nesse sábado (19), durante evento comemorativo ao sucesso das operações de segurança ao longo do evento, o integrante do Comando Militar do Planalto (CMP) e coordenador de Defesa Aérea em Brasília, general Racine Bezerra Lima Filho.

Apesar de ter havido restrições no espaço aéreo próximo aos estádios nos dias de jogos, 12 drones [veículos aéreos não tripulados e com câmeras] foram identificados pelo CMP na região. Destes, dois estavam em áreas proibidas, o que resultou no indiciamento e na prisão de duas pessoas em flagrante.

De acordo com o CMP, os drones não foram abatidos no ar porque, com a queda, poderiam machucar pessoas. Nessas situações, o procedimento é, com a ajuda da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), identificar a origem do sinal, por meio de triangulação, e dessa forma localizar seu operador.

Tais exemplos servem para ilustrar a relevância que a integração dos órgãos de defesa, segurança e inteligência teve para garantir o sucesso da Copa no Brasil. “Não houve nenhum incidente que pudesse comprometer a imagem de nosso país, o evento ou a segurança de turistas e demais pessoas. Toda essa normalidade pode ser resumida em uma palavra: integração. Tanto em Brasília como nas demais cidades que sediaram os jogos”, acrescentou Racine.

Segundo ele, os órgãos de inteligência também tiveram papel fundamental nas ações preventivas. “Não podemos detalhar todas as contribuições que eles deram até porque, se fizéssemos isso, a atividade deixaria de ser de inteligência, mas posso afirmar que muitas das medidas preventivas adotadas, como o reforço de policiamento e o maior número de postos de checagem nas imediações dos estádios, foram em decorrência dos dados que recebemos deles”, informou o general.

Ao todo, oito pedidos de busca foram feitos pelos ógãos de Inteligência brasileiros, diz relatório do Comando Militar do Planalto, ao qual a Agência Brasil teve acesso. “A própria prisão do líderbarrabrava argentino [Pablo Álvarez, detido no Estádio Nacional de Brasília] foi feita a partir de informações que nos foram repassadas por órgãos de inteligência. Ele estava disfarçado, praticamente irreconhecível. Nós o prendemos porque sabíamos que ele viria”, acrescentou o comendante.

Com um efetivo de 4.060 militares apenas em Brasília, as Forças Armadas inspecionaram 581 embarcações no Lago Paranoá no período da Copa do Mundo – entre os dias 12 de junho e 13 deste mês.

Destas embarcações, nove foram notificadas. Foram feitas, ainda, 86 escoltas e 218 varreduras em toda a cidade.

Na cerimônia, no Comando Militar do Planalto, mudas de ipê foram plantadas no Bosque Integração, para lembrar a participação de todos os envolvidos nas ações de segurança durante o Mundial de Futebol.

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