Luto

Ex-deputado, Plínio de Arruda, morre aos 83 anos

Plínio estava internado para tratar um câncer ósseo.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h52

BRASÍLIA - O ex-deputado federal Plínio de Arruda Sampaio (PSOL-SP), 83 anos, morreu nesta terça-feira (8), em São Paulo. Ele completaria 84 anos no dia 26 de julho. A informação foi confirmada pelo Hospital Sírio-Libanês, onde o promotor público aposentado estava internado se tratando de um câncer ósseo.

 Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Plínio era casado há quase 60 anos com Marietta Ribeiro de Azevedo e tinha seis filhos.

Vida política

Ligado à Igreja Católica, Plínio ingressou na política no final da década de 1950, como subchefe da Casa Civil do então governador de São Paulo, Carvalho Pinto. Na época, ele atuava na Juventude Universitária Católica, organização que surgiu a partir da Ação Católica Brasileira.

Em 1962, Plínio foi eleito, pela primeira vez, para a Câmara dos Deputados, pelo extinto Partido Democrata Cristão (PDC). Ele exerceu, ao longo da carreira política, três mandatos como deputado federal.

Exílio

Em 2 de abril de 1964, Plínio participou da sessão que declarou vaga a Presidência da República no Congresso Nacional, ato que homologou o golpe ao presidente João Goulart. No mesmo ano, ele foi cassado pelo Ato Institucional nº 1 e teve de se exilar no exterior. Durante os anos de 1964 e 1985 (Regime Mlitar), Plínio viveu no Chile e nos Estados Unidos. Ele só retornou ao Brasil em 1976, no início do processo de reabertura política do país.

No PT

Em 1980, ele foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Plínio redigiu o estatuto da legenda fundada por operários, sindicalistas e intelectuais. E, nos anos 80, também se engajou na campanha das Diretas Já.

Em 2005, durante o escândalo do mensalão, Plínio saiu do PT, depois de 25 anos. Ele afirmou que discordava do resultado de uma eleição interna que escolheu o candidato do antigo Campo Majoritário, Ricardo Berzoini, para a presidência do PT.

Depois de deixar o PT, Plínio se filiou ao PSOL. Um ano após ingressar na legenda oposicionista, voltou a disputar o governo paulista, mas foi novamente derrotado. A última eleição que Plínio disputou foi em 2010.

O ex-deputado, distante da política, se tornou popular no Twitter nos últimos. Quase diariamente, ele respondia aos internautas perguntas sobre política e religião. Plínio já tinha quase 83 mil seguidores na rede social.

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