RIO DE JANEIRO - A Polícia Federal (PF) informou hoje (19) que o grupo de 85 chilenos presos ontem depois de invadirem o Centro de Mídia do Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, não poderão voltar ao Brasil até o fim da Copa do Mundo. Os dados colhidos foram lançados no sistema de imigração da PF, para impedir que os envolvidos entrem em território nacional durante o Mundial de futebol, caso algum deles tente retornar ao Brasil.
Os torcedores chilenos foram liberados pela Polícia Civil ontem (18) à noite e tem até sábado para deixarem o país se não quiserem ser deportados. Ainda segundo a corporação, havia um menor de idade entre os detidos que participou da invasão ao estádio com o pai, também notificado. O grupo foi autuado com base no Estatuto do Torcedor e o caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim). Os estrangeiros se reservaram o direito de só falar em juízo.
Nos passaportes e tarjetas (cartões de entrada) dos chilenos consta a notificação de saída e prazo de entrada. Por acordo internacional, paraguaios, argentinos, chilenos e uruguaios podem entrar no Brasil apenas com suas identidades. Ao ingressarem, recebem um documento chamado de tarjeta, que obrigatoriamente deve ser apresentado às autoridades brasileiras durante o deslocamento pelo Brasil e que comprova a entrada regular no país, bem como o prazo de estada. Para quem apresenta passaporte no ingresso no território nacional, como foi o caso de dois chilenos, essas informações são inseridas no documento de viagem. Caso algum dos detidos tente voltar ao Brasil e seja identificado por agente público, será encaminhado a uma unidade da PF para deportação sumária.
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