Petrobras

Ex-diretor da Petrobras é transferido para sede de PF em Curitiba

Costa foi solto no dia 19 de maio, mas retornou à prisão na quarta-feira (11).

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h53

BRASÍLIA - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi transferido ontem (12) para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Costa foi solto no dia 19 de maio, mas retornou à prisão na quarta-feira (11) após o Supremo Tribunal Federal (STF) validar as provas da Operação Lava Jato, da PF, e determinar que as ações penais oriundas da investigação fossem devolvidas à Justiça Federal

A nova prisão foi determinada pelo juiz Sério Fernando Moro, após o Ministério Público informar a existência de contas bancárias secretas na Suíça em nome de Paulo Roberto Costa. Segundo o órgão, foram identificadas 12 contas em bancos suíços sob o controle de Costa, suas duas filhas, genros e de um funcionário do doleiro Alberto Youssef. De acordo com o Ministério Público suíço, US$ 23 milhões pertencem ao ex-diretor.

“O fato das contas terem sido descobertas pelas autoridades suíças – e eventualmente bloqueadas – não previne a fuga, pois não há nenhuma garantia de que, mesmo tendo sido bloqueadas, assim permanecerão, pois dependem da persistência do sequestro e do futuro confisco e de uma série de circunstâncias ainda incertas, bem como de um usualmente longo procedimento de cooperação jurídica internacional. Além disso, as contas secretas na Suíça podem apenas revelar um padrão de conduta, não se excluindo de antemão a possibilidade da existência de outras contas em outros países, eventualmente de difícil acesso pelas autoridades brasileiras”, ressaltou o juiz.

Costa é suspeito de ter ligação com uma organização criminosa que lavava dinheiro em seis estados e no Distrito Federal, desarticulada na Operação Lava Jato. Em um dos processos, o ex-diretor e o doleiro Alberto Youssef são acusados de desvio de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo o Ministério Público, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões e alcançou gastos de R$ 20 bilhões.

Na segunda ação penal, Costa é acusado de obstruir as investigações. No processo, também são réus as duas filhas dele, Arianna e Shanni Costa, e os dois genros.

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