Rio de Janeiro

Fracassa greve do grupo dissidente dos rodoviários do Rio de Janeiro

Segundo a Rio Ônibus, 90% dos ônibus da cidade circulam, normalmente, nesta manhã.

Douglas Corrêa / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h54

RIO DE JANEIRO - Fracassou a greve do grupo dissidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio, iniciada nos primeiros minutos da madrugada de hoje (28). Grande parte da frota dos ônibus urbanos da capital fluminense está circulando no município. O presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do município do Rio (Rio Ônibus), Lélis Teixeira, disse que 90% dos ônibus da cidade circulam normalmente nesta manhã. Segundo ele, a paralisação fracassou porque não houve violência na porta das garagens e os rodoviários se sentiram seguros para trabalhar. Teixeira informou que somente três empresas da zona oeste ainda estão com poucos ônibus operando.

Os próprios motoristas e cobradores desistiram da patralisação de 24 horas, alegando que acabam sendo prejudicados, que o acordo coletivo já foi assinado e pago nos salários de abril. O motorista Alberto dos Santos, da Linha 232 - Lins-Praça XV, disse que saiu para trabalhar normalmente porque faltando ao trabalho perde o dia e ainda a folga semanal. "E aí eu pergunto: quem vai pagar as minhas contas no fim do mês?", indagou.

As empresas de ônibus que saem da zona norte estão com a maioria dos carros nas ruas. As linhas 247 - Camarista Méier-Passeio; 249 - Água Santa-Carioca e 260 - Praça XV-Valqueire estão com os carros rodando normalmente e atendendo à população.

A auxiliar administrativa Lorena Sousa, de 19 anos, disse que não encontrou dificuldades para pegar o ônibus para o trabalho. "Tem ônibus. Eu peguei o 383 [Realengo-Praça da República] bem. Mal cheguei ao ponto e ele passou. Quando cheguei à Sulacap [zona oeste do Rio], peguei o 888 [Sulacap-Barra da Tijuca] no ponto final, mais vazio do que nunca. Mas há um acidente na Estrada do Catonho e estou tentando passar".

Os trens de subúrbio estão circulando normalmente, mas com a capacidade máxima, atendendo ao plano de contingência implantado pela prefeitura. No terminal de ônibus da Central do Brasil, de onde saem os ônibus para a zona sul, o movimento está normal, com passageiros aguardando nas filas, mas nada diferente do dia a dia.

A prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), da Secretaria Especial de Ordem Pública e da Guarda Municipal, em parceria com o Rio Ônibus, a Polícia Militar, o Metrô Rio, a Supervia e CCR Barcas, colocou em prática um plano de contingência para minimizar os impactos à população da decisão dos rodoviários de parar por 24 horas.

O plano dá prioridade ao metrô, aos trens e às barcas, reforçando as linhas de ônibus que fazem integração física com esses modais, além de linhas essenciais para deslocamento da população em áreas atendidas apenas por ônibus. Os serviços do BRT Transoeste também fazem parte do esquema .

A Polícia Militar está garantindo a segurança na saída das garagens dos quatro consórcios, nas estações do BRT Transoeste e nos terminais de ônibus para os motoristas que optarem por não aderir à paralisação. Agentes da Guarda Municipal e controladores de trânsito estão reforçando a operação nas ruas.

O Metrô Rio antecipou em uma hora o início da operação no horário de pico da manhã. Os trens começaram a operar às 4h30, com a capacidade máxima, reduzindo o intervalo entre as composições.

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