Economia

Uso do rotativo de cartão de crédito cresce 6,4% em fevereiro

Kelly Oliveira/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h56

BRASÍLIA - Os consumidores usaram mais o rotativo do cartão de crédito, que é o financiamento de parte do valor da fatura e também saques, em fevereiro. De acordo com dados do Banco Central (BC), o saldo do rotativo subiu 6,4% de janeiro para fevereiro, quando ficou em R$ 27,827 bilhões.

Também subiu o parcelamento com juros no cartão, com alta de 2% em relação a janeiro. O saldo ficou em R$ 11,092 bilhões. Já o saldo do uso do cartão de crédito com pagamento à vista caiu 6%, de R$ 106,9 bilhões, em janeiro, para R$ 100,5 bilhões, em fevereiro.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, é comum o recuo do pagamento à vista das compras no cartão de crédito em fevereiro: as famílias já não têm mais a renda de férias e 13º salário. “Em dezembro e janeiro, as famílias usam a renda pra sair do rotativo”, disse. Mas ele acrescentou que em fevereiro, há retomada gradual do crédito rotativo.

Essa redução do uso do cartão de crédito com pagamento à vista levou ao recuo no saldo de todas as operações de crédito com recursos livres para as famílias. A queda no saldo ficou em 0,3%, ficando em R$ 747,188 bilhões.

O saldo de todas as operações de crédito do sistema financeiro, tanto para empresas quanto para famílias, chegou a R$ 2,733 trilhões. Esse estoque correspondeu a 55,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. É o mesmo percentual registrado em janeiro.

O BC também informou que manteve as projeções para a expansão do crédito, este ano. A expectativa para o crescimento do crédito é 13%, sendo que o crédito livre (os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros) deve apresentar expansão de 10% e o direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), de 17%. O crédito nos bancos públicos deve crescer 17%, o dos privados nacionais, 10%, e de privados estrangeiros, 8%. A projeção para o crescimento do crédito em relação ao PIB segue em 58%.

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