Dica de Saúde

Erisipela: lesões nos pés podem ser porta de entrada para bactéria

Com informações de Assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h01

Calafrios, febre alta, cefaleia, náuseas e vômitos. O que pode parecer um mal-estar comum pode ser o início de um processo infeccioso agudo, a erisipela. A doença atinge a derme e a hipoderme e é causada pelo estreptococo, bactéria que agride os vasos linfáticos e se propagam a partir de lesões causadas por fungos entre os dedos dos pés, arranhões na pele, bolhas nos pés produzidos por calçado, corte de calos ou cutículas e coçadura de picada de inseto.

“Por isso é mais comum ocorrer nos membros inferiores, mas também pode ocorrer nos membros superiores, tronco ou até mesmo no rosto. É preciso ter muito cuidado com picadas de inseto, frieiras e micoses de unha, por exemplo. Elas são portas de entrada frequentes nos membros inferiores. Não é à toa que pacientes com insuficiência venosa crônica ou com diminuição do número de linfáticos tem uma predisposição maior de adquirir a infecção”, explica o angiologista Dr. Ary Elwing, especialista em cirurgia vascular periférica tratamento a laser.

Também conhecida como espira, mal de praia, mal de monte, maldita e febre de Santo Antônio, a erisipela apresenta, além dos primeiros sintomas comuns em uma infecção e que podem durar até oito dias, um leve inchaço na região afetada, a pele fica quente, vermelha e brilhosa, passando rapidamente a um inchaço maior, tornando a região bastante dolorida. “As manchas vermelhas têm um aspecto de casca de laranja, bolhas pequenas ou grandes. No início elas apresentam somente aumento de temperatura, mas logo se tornam bastante dolorosas. Já a febre costuma permanecer de um a quatro dias e pode regredir espontaneamente, causando um enorme desânimo”, esclarece.

Quem adquiriu uma erisipela deve procurar seu médico rapidamente para um tratamento adequado. Quando feito o diagnóstico, se institui precocemente tratamento a base de antibióticos. Mas, dependendo da gravidade, pode ser necessária a internação hospitalar, além de hidratação e antibiótico injetável. “É essencial o repouso, principalmente quando são acometidos os membros inferiores, que devem permanecer elevados. Normalmente, só o descanso e a administração de antibióticos orais por pelo menos duas semanas são suficientes para a regressão da doença”, diz o angiologista.

A recorrência da erisipela é muito comum, por isso deve-se, além de fazer um tratamento apropriado, tomar cuidados higiênicos, mantendo os espaços entre os dedos sempre bem limpos e secos; tratando adequadamente as frieiras; evitando e tratando os ferimentos das pernas e tentando mantê-las desinchadas. “Deve-se evitar engordar, permanecer muito tempo parado, em pé ou sentado. O uso constante de meia elástica também é uma grande arma no combate ao inchaço. A erisipela não é contagiosa e bastam medidas simples para tratar a infecção”, alerta Elwing.

Como se previne?

•Após banho, secar bem entre os dedos dos pés.

•Usar meias limpas todos os dias, dando preferência às meias de algodão.

•Usar fungicidas diariamente em pó, spray ou cremes.

•Evitar traumas à pele ou calçados impróprios.

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