Dica de Saúde

Brinquedos barulhentos podem prejudicar audição

Imirante, com informações de Assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h02

Comemorado em 12 de outubro, o Dia das Crianças está agitando o comércio e as grandes redes de varejo. São carrinhos, jogos e uma variedade de artigos que enchem os olhos da criançada. Mas é preciso que os pais redobrem a atenção na hora de comprar o presente.

A escolha de um brinquedo não deve levar só em conta o interesse do filho e a fase adequada ao desenvolvimento infantil. Os pais devem também priorizar suas condições de segurança. Por isso, é importante observar se o brinquedo tem o selo do Inmetro. Entre outros itens, o selo é uma garantia de que o nível de ruído do brinquedo está dentro dos limites estabelecidos na legislação.

Todos nós conhecemos o ditado de que “o barato sai caro”, mas nem sempre prestamos atenção a ele. Brinquedos sonoros ilegais, comprados em camelôs, por exemplo, podem emitir um barulho acima do permitido pela lei, que é de 85 decibéis. Um carrinho de polícia “pirata”, por exemplo, pode registrar até 120 decibéis de ruído. O que isso representa? O som de uma motosserra geralmente chega a 100 decibéis e o de uma britadeira alcança 110 decibéis.

A maioria dos brinquedos vendidos em camelôs não tem selo de garantia de qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). Esse selo garante que os brinquedos não trazem risco para a segurança e saúde da criança, pois passaram por diversos testes antes de chegar ao comércio.

“Os ruídos estão por toda parte. Dentro de casa estão no aspirador de pó, no liquidificador, na televisão em alto volume e até nos brinquedos. Tudo isso pode causar prejuízos na audição das crianças. Os pais devem proteger seus filhos de danos auditivos causados por excesso de barulho e, nesta véspera do Dia das Crianças, prestar atenção ao nível sonoro do brinquedo que vai comprar", lembra Marcella Vidal, fonoaudióloga.

As crianças estão expostas a altos níveis de barulho ao brincar com videogames, frequentar sala de jogos de computadores, ouvir música em fones de ouvido ou aparelhagens de som. Em ambientes ruidosos é aconselhável usar protetor auricular nos pequenos. Os protetores auriculares são feitos sob medida e servem para os baixinhos e também para adultos que querem se proteger da poluição sonora diária a que estão submetidos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um barulho de 70 decibéis já é desagradável para o ouvido humano. Acima de 85 decibéis começa a danificar o mecanismo da audição. O uso contínuo de um brinquedo com esse volume pode prejudicar para sempre a audição das crianças. Os menores, de até três anos, são os mais afetados. E se eles têm a audição comprometida, isso pode atrasar todo o seu desenvolvimento como na área da fala e no desempenho escolar.

Fique atento à lista de brinquedos que devem ser evitados:


Brinquedos musicais como guitarra elétrica, tambor, buzina, trombeta podem emitir sons de até 120 dB (decibéis).

Brinquedos como telefones infantis podem chegar a ruídos entre 123 a 129 dB(decibéis).

Brinquedos feitos para ampliar o som da voz chegam a emitir até 135 dB (som comparado ao da decolagem de um avião).

Brinquedos como arma de fogo que emitem sons de 150 dB (decibéis), podendo causar de imediato dor no ouvido.

Alguns brinquedos para bater , dar pancadas e os ‘tagarelos’, que falam alto demais, são calculados com o nível de som de até 110 dB (decibéis).

A exposição a esses níveis de ruídos pode causar prejuízos irreversíveis à audição das crianças. Mesmo breves exposições a sons elevados podem trazer riscos. Portanto, esteja atento na hora de comprar os brinquedos de seus filhos. Garantir a segurança deles, com certeza, não tem preço.

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