Brasil

Ideli Salvatti exonera assessor envolvido na Operação Miqueias

Paulo Victor Chagas / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

BRASÍLIA - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ideli Salvatti, exonerou o assessor da Subchefia de Assuntos Federativos Idaílson Vilas Boas Macedo, após notícias de que ele faria parte do esquema de lavagem de dinheiro descoberto pela Polícia Federal (PF) por meio da Operação Miqueias.

De acordo com nota divulgada no início da noite de ontem (20) pela SRI, Idaílson Vilas Boas “está exonerado de suas funções a partir da data de hoje”. A nota informa também que a ministra Ideli Salvatti “determinou que seja aberta sindicância para apurar os fatos que envolvem Idaílson José Vilas Boas Macedo”.

A exoneração ocorre horas depois de o jornal O Estado de S.Paulo divulgar reportagem em que diz que Macedo negociou com suspeitos de envolvimento com a organização criminosa investigada, intermediando conversas entre prefeitos e aliciadores do esquema. Segundo o jornal, a PF pediu a prisão do ex-assessor, o bloqueio de suas contas e que fossem feitas buscas na sua residência. Ainda de acordo com a reportagem, a Justiça negou o pedido de prisão de Macedo, que é acusado de tráfico de influência e formação de quadrilha.

Deflagrada na quinta-feira (19), a Operação Miqueias prendeu 19 pessoas no Distrito Federal, Rio de Janeiro e em Goiás, além de cumprir 58 mandados de busca e apreensão em oito estados e no DF. Segundo a PF, a quadrilha lavou cerca de R$ 300 milhões, sendo R$ 50 milhões de recursos de fundos de investimentos do Regime Próprio de Previdência Social administrados por prefeituras.

As prefeituras de Manaus, Ponta Porã e Murtinho (MS), Queimados (RJ), Formosa, Caldas Novas, Cristalina, Águas Lindas, Itaberaí, Pires do Rio e Montividiu (GO), de Jaru (RO), Barreirinhas, Bom Jesus da Selva e Santa Luzia (MA) estariam envolvidas na quadrilha.

De acordo com O Estado de S.Paulo, Idaílson Vilas Boas atuou com as prefeituras de Itaberaí e Pires do Rio (GO). O jornal revela ainda que um encontro entre Idaíson e o prefeito de Pires do Rio é agendado em ligações telefônicas interceptadas pela PF.

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