Turismo

Governo relança, em setembro, programa "Viaja Mais Melhor Idade"

Thais Leitão/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h04

BRASÍLIA – Para incentivar os brasileiros a viajar mais pelo país, será relançado em setembro o programa "Viaja Mais Melhor Idade", durante o congresso da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), em São Paulo. De acordo com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, a nova versão da iniciativa, voltada às pessoas com mais de 60 anos, trará “prazos e condições de financiamento mais favoráveis”.

Mesmo ressaltando que alguns detalhes do programa ainda estão sendo acertados pela pasta, Vieira enfatizou que o acesso ao crédito se dará por meio de um cartão - em moldes semelhantes ao que ocorre com financiamentos para a compra de material de construção - operacionalizado por instituições públicas como o Banco do Brasil e a Caixa. O programa prevê prazo de até 48 vezes para pagamento dos pacotes de viagem, que poderão incluir passagens, traslado, estadias em hotel e entradas em parques.

“As pessoas vão usar um sistema bem simplificado, que os bancos já usam para a compra de material de construção, por exemplo. Com um cartão, sem burocracia, a pessoa poderá fazer seu roteiro e acessar automaticamente os recursos”, disse Vieira, ao participar hoje (14) do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

Ele ressaltou que aproximadamente 20 milhões de brasileiros estão nessa faixa etária (acima dos 60 anos), com tempo e renda disponíveis para viajar pelo país. O ministro informou que, embora o foco do programa seja movimentar o mercado turístico na baixa estação, será possível encontrar descontos e vantagens exclusivos para uso durante a Copa do Mundo no ano que vem. “A baixa temporada é o foco, mas o financiamento se dá a qualquer momento. Quem fizer um planejamento e procurar com antecedência, certamente vai encontrar essas vantagens”, disse.

Gastão Vieira destacou que melhorias em mobilidade urbana, serviços de comunicação e sinalização turística, apontada como um importante gargalo em diversos levantamentos da pasta, são as principais áreas que estão sendo “atacadas” pelo governo, nesta etapa preparatória à Copa do Mundo. Ele lembrou que a pasta liberou R$ 19 milhões para a sinalização de cerca de 30 cidades históricas, de modo a melhorar a localização dos visitantes atraídos pelo evento esportivo.

Acrescentou que estão sendo investidos R$ 650 milhões, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Turismo, para a construção e reforma dos centros de eventos em todas as regiões do Brasil. O objetivo é fomentar o turismo de negócios, considerado uma das modalidades que mais movimentam a economia. “Sediar grandes eventos é sempre um desafio, mas o governo está tranquilo, vamos alcançar nossos objetivos antes do apito do primeiro jogo”, disse.

O ministro também comentou o fato de os brasileiros gastarem em viagens ao exterior, em média, três vezes mais do que os turistas estrangeiros que vêm ao país. Segundo ele, além de o Brasil não ser considerado um “paraíso do consumo”, o “preço de fazer turismo no país é um gargalo que precisa ser enfrentado”. Vieira ressaltou que o governo “agiu e sempre agirá na forma que a lei permite” quando forem detectados abusos nas cobranças de diárias e refeições, por exemplo, mas que tem optado pelo diálogo com o setor. Para ele, não adianta os empresários quererem recuperar os investimentos feitos em razão dos eventos esportivos “da noite para o dia”.

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